BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Além de sugerir a inclusão de um sinal de alerta nas embalagens, o texto da Anvisa traz outras recomendações para mudança dos rótulos.

Uma delas é a declaração obrigatória dos açúcares “livres” e “totais” na lista de nutrientes da tabela nutricional, quadrinho com dados que fica na parte de trás do rótulo.

O primeiro indica o açúcar que é adicionado pela indústria durante a produção dos alimentos. Já o segundo está presente em outros ingredientes. De acordo com o relatório da Anvisa, esses nutrientes não são declarados hoje. O consumo excessivo de açúcares adicionados, no entanto, é considerado um fator de risco para ganho de peso.

A sugestão adotada pela equipe técnica, assim, é que esses ingredientes passem a ocupar o espaço das chamadas “gorduras trans”, tipo de gordura alvo de um processo de análise na agência para sofrer maior restrição ou até mesmo ser banida.

A tabela nutricional, aliás, também deve ficar mais clara. Em vez da ‘numeralha’ calculada por porção, o relatório recomenda que passe a ser adotado o padrão de 100g ou 100 ml como base para todos os nutrientes.

A proposta atende a um apelo de especialistas e resultados de análise de um grupo de trabalho da agência, para quem as medidas hoje comumente adotadas -como “três bolachas”, “¼ de colher”, entre outras–não correspondem ao perfil de consumo da população e geram confusão.

O relatório sugere ainda retirar a presença das chamadas “alegações nutricionais” (caso daquele “0% gordura” que aparece na embalagem do biscoitinho fit, por exemplo).