Geraldo Bubniak – Felipe Francischini aparece atru00e1s do brau00e7o de Petraglia

Depois do juiz Sergio Fernando Moro, anunciado hoje (1º de novembro) como o futuro ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, mais um ilustre oriundo do Paraná pode aparecer no primeiro escalão do próximo governo. Trata-se de Mario Celso Petraglia, homem-forte do Atlético Paranaense e que já teria sido sondado pelo político do PSL para assumir o Ministério do Esporte ou algum outro cargo, caso a pasta, que existe de forma independente desde 1995, venha a ser fundada com as de Cultura e Educação. Outra possibilidade seria o dirigente atleticano ajudar o governo a ter maior interferência sobre a CBF (leia mais logo abaixo).

Os rumores sobre Petraglia, inclusive, ganharam ainda mais força depois do jogo entre o Furacão e o Bahia, pelas quartas de final da Copa Sul-Americana (o rubro-negro passou nos pênaltis para a próxima fase, após perder por 1 a 0 na Arena da Baixada nos 90 minutos). É que Felipe Francischini, eleito deputado federal pelo Paraná e aliado político de Bolsonaro, acompanhou a partida de ontem ao lado de Petraglia, num dos camarotes da Arena da Baixada (confira a foto acima).

O pai de Felipe, o ex-secretário de Segurança Pública e deputado estadual eleito Fernando Francischini, é um dos principais aliados de Bolsonaro, tendo inclusive sido o responsável pela coordenação política da campanha do presidente eleito. Petraglia, por sua vez, fez campanha aberta para Bolsonaro durante a campanha presidencial, principalmente em seus perfis em redes sociais. Em um dos jogos do Atlético, mandou os jogadores usarem uma camisa amarela ao entrarem em campo – embora o clube não confirmasse oficialmente, o gesto foi interpretado como apoio ao então presidenciável do PSL. Contra o Botafogo, no último sábado (24), véspera do segundo turno, os jogadores usaram um uniforme amarelo que o próprio Atlético havia rejeitado.

Indefinições

Por outro lado, Petraglia manifestou nas redes sociais que não quer ser ministro. Contudo, a ideia de exercer um outro tipo de cargo no governo não está descartada. O dirigente tem como planos a revisão da Lei Pelé e uma atuação mais firme junto à CBF. Ademais, ainda não se sabe se o Ministério do Esporte será mantido para o governo de Bolsonaro ou se será fundido com alguma outra pasta. No plano de governo do presidente eleito, não se fala nada em esportes e ele já declarou diversas vezes que pretende cortar pela metade o número de ministérios (dos 29 existentes atualmente para 15). 

Com isso, as chances maiores, pelo menos neste momento, seriam de Petraglia assumir alguma outra função dentro do futuro governo ou ajudar Bolsonaro e sua equipe a compor forças para garantir uma presença maior do governo no esporte mais popular do país e dentro da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que nos últimos anos tem sido pivô em escandâlos de corrupção internacional (três ex-presidentes – Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero – estão envolvidos nos casos).