A alta verificada no PMI Industrial do Brasil em junho, de 0,8 ponto para 51 pontos em relação a maio foi determinada pelo aumento de pedidos. As empresas indicaram que as condições de demanda melhoraram no final do segundo trimestre. Os dados sugeriram ainda que o mercado interno foi a principal fonte de crescimento das vendas, já que as exportações se contraíram ao menor nível dos últimos 29 meses.

“A fim de cumprir seus pedidos de venda e criar reservas de estoques, os produtores de mercadorias aumentaram suas quantidades de compras em junho. A recuperação no volume de compras de insumos aconteceu após ter caído em maio”, dizem os técnicos da IHS Markit.

Os fornecedores, segundo a Markit, foram capazes de acomodar confortavelmente o crescimento na demanda de insumos, o que ficou provado pelos prazos mais curtos na entrega dos materiais comprados. “Como resultado, os estoques de pré-produção dos fabricantes aumentaram ainda mais”, dizem os técnicos da Markit.

De modo geral, o sentimento em relação aos negócios melhorou e interrompeu um período de 19 meses de baixa até maio. As empresas começara a antecipar contratos para diversificação de produtos e reformas estruturais nas plantas para ajudar o crescimento da produção nos próximos doze meses.

Por outro lado, os custos de insumos aumentaram novamente, o que as empresas atribuíram à valorização do dólar americano, tornando os materiais importados mais caros. A taxa de inflação permaneceu acentuada, apesar de ter se atenuado e atingido o menor nível em três meses.

“Para manter os custos sob controle, as empresas reduziram ainda mais o número de funcionários e aumentaram seus preços. A inflação de preços cobrados alcançou sua maior alta em oito meses”, dizem os especialistas da Markit.