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Criado no Worktiba Cine Passeio, já está em fase final de testes o primeiro aplicativo do mundo que promete ser uma rede social de lutadores de jiu-jitsu brasileiro (Brazilian Jiu-Jitsu ou BJJ). O app BJJ Progress nasce do sonho do empreendedor Maxon Prestes de criar uma plataforma digital para facilitar o encontro entre aficionados da arte marcial – uma espécie de “Tinder” para quem deseja marcar lutas em academias ou mesmo encontrar parceiros para treinos.

Prestes começou a idealizar o aplicativo no ano passado, mas só deu início ao desenvolvimento do BJJ Progress depois de entrar no Worktiba Cine Passeio. O coworking público foi inaugurado, em abril deste ano, pela Prefeitura.

“As mentorias da equipe do Worktiba e o network dos eventos do Vale do Pinhão me ajudaram a desenhar o aplicativo, suas funcionalidades e ter certeza que ele poderia ter escalabilidade (potencial para crescer)”, lembra ele, que tem como sócios Filipe Dutra, Cícero Joatan e Nilson Antônio de Oliveira Júnior.

Investidor-anjo

Quatro meses após entrar no Worktiba, Prestes já se sentia pronto para buscar os recursos necessários para aperfeiçoar e validar o aplicativo. Em setembro, apresentou o projeto a um investidor-anjo curitibano, que aceitou fazer um aporte ao comprar 35% do negócio.

O recurso levantado com a entrada do novo sócio já garantiu o início dos testes do MVP (produto mínimo viável), estágio anterior ao aplicativo que será lançado no começo de dezembro; e permitirá fazer as melhorias nos próximos dois anos. “É um sonho que começa a virar realidade”, comemora o empreendedor.

O BJJ Progress vai combinar várias funções, como rede social por chats e grupos, geolocalização de academias, carteirinha digital de entidades esportivas (inicialmente, da Federal Paranaense de Jiu-Jitsu Brasileiro) e um ecommerce (de quimonos, faixas, shorts, camisetas e acessórios).

Projeto Social

Além disso, o aplicativo terá uma área para projetos sociais, como o trabalho desenvolvido pelo próprio Prestes, que dá aulas gratuitas de jiu-jitsu a crianças, de 5 a 10 anos, em bairros carentes de Almirante Tamandaré, na Grande Curitiba.

“Comecei a treinar há 8 anos, em um momento difícil. O jiu-jitsu me trouxe equilíbrio, disciplina e me fez recuperar a autoestima. Quero compartilhar este benefício”, diz Prestes.

A ideia de lançar o aplicativo nasceu do desejo do empreendedor de ampliar o projeto social. “Vamos monetarizar o BJJ Progress com a venda de produtos pelo ecommerce e com outras ações e parte da receita será usada para oferecer aulas gratuitas a mais jovens carentes”, explica Prestes, que hoje mantém o projeto social do próprio bolso.

O BJJ Progress está sendo testado, neste momento, apenas por membros da Federação Paranaense de Jiu-Jitsu Brasileiro. Antes do lançamento, em dezembro, o aplicativo vai estar disponível gratuitamente também para os sistemas Android e IOS (Apple).