THIAGO FERNANDES BELO HORIZONTE, MG (UOL/FOLHAPRESS) – O Al Jazira, dos Emirados Árabes Unidos, acionou a Fifa contra Thiago Neves com o intuito de receber 9 milhões de euros (R$ 33,84 milhões na cotação atual) devido à rescisão unilateral do jogador em janeiro deste ano.

Responsável por auxiliar os mineiros na busca pelo meia-atacante, o advogado Breno Tanure confirmou à reportagem a existência do processo e explicou como a equipe celeste se enquadra no caso: “O clube entende que o Thiago rescindiu o contrato unilateralmente e não poderia assinar um novo contrato. O Cruzeiro, na verdade, entra como solidário. A ida à Fifa é contra o Thiago. O Cruzeiro entra no processo porque foi o primeiro clube a assinar um contrato com o atleta”.

No processo movido na Fifa, o ex-clube de Thiago Neves alega que a rescisão contratual foi induzida pelo Cruzeiro. Ou seja, os mineiros forçaram o atleta a se desligar do time para retornar ao Brasil. Anunciado em janeiro pelo presidente Gilvan de Pinho Tavares, o meia-atacante de 32 anos só pôde entrar em campo a partir de fevereiro. Ele foi liberado pela entidade que rege o esporte em 17 de fevereiro e regularizado junto à CBF na mesma semana. O Cruzeiro já foi notificado no caso e prepara a sua defesa no processo. As partes serão ouvidas nos próximos meses para definir a situação.

Thiago Neves foi revelado na base do Paraná Clube. A venda dele em 2003 também provocou uma disputa judicial.

DENÍLSON — O caso de Thiago Neves não é o único sobre o Cruzeiro na Fifa. O Al Wahda, também dos Emirados Árabes Unidos, cobra o clube pelo empréstimo do volante Denílson, em 2016. O Cruzeiro não pagou os árabes conforme combinado e teve que apresentar a sua defesa à Fifa. A ideia do Al Wahda é receber 850 mil euros (R$ 3,2 milhões) pelo atrasdo no pagamento. Contratado em julho de 2016, Denílson assinou contrato de seis meses com o Cruzeiro. Neste período, ele se recuperou de um problema no joelho e disputou só cinco jogos pelo clube, sendo dois na condição de titular.