Eleito pela Conmebol como o melhor em campo, o lateral-esquerdo Guilherme Arana tinha bons motivos para comemorar a vitória do Atlético-MG por 3 a 1 em cima do América Cali, porém, também tinha razões para lamentar. Afinal de contas, a classificação antecipada às oitavas de finais da Copa Libertadores aconteceu num clima de guerra, nesta noite em Barranquilla (COL), sob o som de bombas e muito gás lacrimogêneo dentro de campo.

“É difícil para nós jogadores comemorarmos numa situação tão ruim que a Colômbia tem passado. É muito triste ver tudo isso. Mas nós viemos para cá com o propósito de jogar futebol, conseguimos os três pontos e garantimos a classificação”, disse o lateral.

Arana marcou o segundo gol atleticano, no segundo tempo, e voltou a ressaltar que este futebol agressivo faz parte de seu estilo de jogo. “Quando eu cheguei no clube eu avisei que minha características é atacar. Estou muito feliz pelo gol e, principalmente, pela vitória.”

O atacante Hulk, que marcou o primeiro gol de cabeça, deixou o campo nos últimos minutos e não escondeu o cansaço. “Foi um jogo tenso. Nunca tinha vivido uma situação parecida. O gás arde os olhos e atrapalha a respiração. No final eu não estava mais correndo direito.”

Com dez pontos e na liderança do Grupo H, o Atlético agora vai brigar pela primeira posição com o Cerro Porteño, que tem sete pontos. Os dois vão se encontrar, justamente, na próxima quarta-feira em Assunção, no Paraguai, pela quinta rodada. Antes disso, domingo à tarde, o Atlético vai fazer o primeiro duelo da final do Campeonato Mineiro contra o América.