Seja violência física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral, nenhuma mulher precisa suportar calada esse tipo de situação. Mas antes de decidir se vão denunciar ou não o agressor, há mulheres que preferem ter uma orientação que as ajude a tomar a melhor decisão para a vida delas. É para dar esse tipo de suporte que existe em Araucária o Centro de Referência de Atendimento à Mulher em situação de Violência (CRAM). Mantido pela Prefeitura, o CRAM conta com orientação de assistente social, psicóloga e educador social para mulheres de 18 a 59 anos. Até junho de 2019, a equipe possuía 98 casos em acompanhamento e recebe cerca de 4 ou 5 novos casos por semana.
O CRAM de Araucária funciona na estrutura do Centro Dia Idoso (Rua Nossa Senhora dos Remédios, nº 1073, Fazenda Velha). De acordo com a equipe do CRAM, a maioria dos casos atendidos é de violência psicológica. Esse tipo de situação envolve ameaças, chantagem, cárcere privado, ciúme excessivo, perseguição e outras atitudes que causam dano emocional à vítima. É sempre importante esclarecer que o conflito de um casal é normal. O alerta é quando uma situação torna-se frequente e a mulher passa a se sentir diminuída, ela passa a desacreditar da sua própria capacidade, fica insegura, pode entrar em depressão e perder a autonomia sobre sua própria vida, entre outros exemplos.
O trabalho do CRAM ocorre em rede com outras instituições (Fórum, Delegacia da Mulher, secretarias municipais, Conselho Municipal dos Direitos da Mulher). Mensalmente, a Rede de Proteção se reúne para discutir sobre este trabalho articulado de apoio às mulheres vítimas de violência.