Três mulheres nada convencionais com sede de psycho e gás para colocar a turma para pular. Carol Baby Rebbel (guitarra), Killer Klaw (baixo) e Clau Sweet Zombie (bateria) formam a banda feminina curitibana mais lendária: As Diabatz. Elas são uma das das raras formações femininas do estilo no mundo,.

O grupo costuma fazer turnês internacionais com frequência. No ano passado, por exemplo, elas tocaram no Long Beach Psychlone Weekender. O evento, que é realizado na Califórnia, é considerado um dos mais importantes do gênero em todo o mundo. Já em 2015, elas fizeram 20 shows em dez países europeus ao lado do Frantic Flintstones, um das principais bandas da história do Psychobilly.

Atualmente, Clau mora em Curitiba, Carol na Alemanha e Killer Klaw na Bélgica. A distância entre elas torna o show no Psycho Carnival ainda mais especial. E foi isso que os curitibanos sortudos puderam ver na terceira noite do Psycho Carnival, no último dia 26, no Jokers, quando o público foi à loucura. Como as meninas moram na Europa e eu no Brasil, a gente não toca com a frequência que gostaria, mas todo ano viajamos para tocar seja na Europa, Brasil ou Estados Unidos. Os convites são frequentes e acabamos nos vendo varias vezes durante o ano, conta Clau.

As Diabatz têm 10 anos, rumo aos 11 anos de banda. Em 2006 nós nos reunimos para tocar, Claudia — baixista e Carol — vocalista e guitarrista me chamaram pra completar o trio. A verdade é que gostamos tanto de psychobilly que não dava só pra ir curtir o som… a gente tinha que fazer também, lembra Clau. O grupo tem três gravações: uma demo, o primeiro disco Riding Through the Devil’s Hill e o segundo disco Crazy Psychos, First Degree. Segundo Clau, ainda vem novo disco pela frente ainda em 2017.

Vale a pena lembrar que Riding Through The Devil’s foi lançado pelo selo belga Drunkabilly Records, o mesmo do grupo Frantic Flintstones, um dos mais importantes da história do Psychobilly. Como o Frantic também havia acabado de gravar seu novo trabalho, os dois grupos resolveram fazer uma turnê pela Europa que foi batizada de Psycho Samba Tour. A tour passou por Alemanha, Bélgica, Inglaterra, Holanda, Espanha, Itália, República Tcheca, Dinamarca e Suíça. As principais influências das Diabatz são The Meteors, Torment, Dypsomaniaxe, Krewmen, Batmobille e Ricochets.

O nome também ajudou. O nome parace ser uma espécie de combinação do português e do inglês, algo como a mistura de dançarinas do diabo e morcegos (bats), e ainda um trocadilho com a doença de diabetes.

Questionada sobre como é ser de uma banda de mulheres em um nicho tão masculino, Clau diz que é conflituoso: Na verdade é muito legal mas ao mesmo tempo triste. Os caras da cena respeitam a gente e nosso som e o triste é saber que não tem mais banda de mulheres. Queremos mais mulheres tocando!. Ela também lamenta a situação da cultura em Curitiba e no Brasil: Ser artista no Brasil nunca foi fácil, ainda mais se tratando de underground. Em Curitiba temos a sorte de termos o maior festival de psychobilly que é o Psycho Carnival e bastante bandas, mas com a atual gestão tá dificil para a Cultura aqui em Curitiba.

SERVIÇO:
Mais informações: www.facebook.com/asdiabatz/
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