A Assembleia Geral Extraordinária do Vasco aprovou a adoção das eleições diretas para a presidência do clube, mas um longo caminho precisará ser superado até que elas sejam colocadas em prática. Após um processo bastante judicializado, a medida teve 1.362 votos a favor, 22 contra e seis em branco.

O resultado foi anunciado pelo presidente da Assembleia Geral, Faues Cherene Jassus, o Mussa, mas está sub judice. Afinal, um dia antes da votação, o desembargador André Emilio Ribeiro concedeu liminar que suspendia os efeitos dela até análise do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro em função de questionamento sobre ritos adotados durante o processo.

A aprovação da mudança estatutária havia passado por unanimidade no Conselho Deliberativo do Vasco, mas houve contestações dos demais poderes do clube. Além disso, a falta da apresentação da lista de votantes também é contestada. Assim, os outros poderes e o presidente Alexandre Campello disseram não reconhecer o resultado da votação, antes mesmo de ela ser realizada.

No último domingo, inclusive, os presidentes do Conselho Deliberativo e de Beneméritos e seus vices se recusaram a participar da mesa diretora da Assembleia Geral, que acabou sendo composta apenas por Mussa e dois secretários nomeados por ele próprio.

Para esta segunda, Mussa convocou a junta eleitoral para dar início ao processo que culminará na votação, prevista para meados de novembro. Mas recebeu a oposição dos presidentes do Conselho de Beneméritos (Roberto Monteiro), do Conselho Fiscal (Edmilson Valentim) e do Conselho Deliberativo (Sílvio Godói).

“Prezados sócios do CRVG, lamentamos vir a público para, mais uma vez, apontar os erros crassos que vem, sistematicamente, sendo praticados pelo presidente da Assembleia Geral na formação dos ritos estatutários. Estamos assistindo ao nascimento de mais um processo eleitoral nulo pela incompetência e incapacidade de condução do mesmo, por parte do presidente da AG”, disseram os dirigentes em trecho de nota conjunta.