Franklin de Freitas – ACP pede que governo e prefeitura adote rodízio nos horários de funcionamento do comércio

A Associação Comercial do Paraná enviou, ontem, cartas ao governador Ratinho Júnior (PSD) e ao prefeito de Curitiba, Rafael Greca (DEM) com apelos para que evitem o fechamento do comércio caso novas medidas restritivas sejam tomadas para combate à pandemia da Covid19. Para ambos, o documento reforça que os “seguidos lockdowns têm levado negócios à falência e ao fechamento de milhares de vagas de trabalho sem resultados efetivos no controle da pandemia”. O documento também foi enviado aos vereadores.

Na última quinta-feira, a secretária da Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak, afirmou que a Capital pode voltar à bandeira vermelha na próxima semana, se os casos de Covid-19 continuassem aumentando. Na carta, a ACP afirma “que os empresários do comércio da capital sentem-se mais uma vez ameaçados e inseguros quanto à sobrevivência de seus negócios”. A entidade alega que “os seguidos ‘abre e fecha’ levam empresas à falência e à perda de milhares de vagas de trabalho sem resultados efetivos no controle da pandemia.

De acordo com a ACP, “as afirmações da secretária de saúde pressupõem novas medidas duras e mais incertezas para a população”. “Com as seguidas ameaças de fechamento, os empresários sentem-se inibidos a projetar o futuro – mesmo a curto prazo – e de planejar investimento”, diz a entidade. 

No texto, os empresários pedem ainda que o comércio seja poupado “do sacrifício inútil que seria novo fechamento das atividades”.

A Associação Comercial lembra que formalizou junto a prefeitura e também ao governo estadual “uma proposta alternativa ao chamado lockdown, qual seja, a implantação de um sistema de rodízio para o funcionamento dos setores de comércio e serviços”. A proposta recebeu apoio da Câmara Municipal de Curitiba, que aprovou em plenário a indicação de ato administrativo para que seja implementado o sistema. “Entendemos que seja uma alternativa mais racional ao chamado lockdown e que garantiria mais distanciamento social com a redução na circulação de pessoas por toda a cidade”, diz a entidade, na carta assinada pelo presidente da instituição, Camilo Turmina.