SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um ataque a uma escola técnica secundária deixou mortos e feridos na cidade de Kerch, na Crimeia, região ucraniana anexada pela Rússia em 2014.

Inicialmente, o caso foi tratado como ato terrorista, mas depois autoridades disseram que foi um assassinato em massa cometido por um aluno da instituição.

Segundo o último balanço, 19 pessoas morreram e 40 ficaram feridas, em sua maioria adolescentes.

Câmeras de segurança registraram o momento em que o estudante Vladislav Roslyakov, 18, entrou na escola com uma arma de fogo. Lá dentro, ele atirou em vários colegas e depois cometeu suicídio, de acordo com o Comitê Nacional Antiterrorismo russo. O corpo do atirador foi encontrado dentro do edifício.

Ainda não há informações sobre as motivações do ataque. Segundo Serguei Aksionov, primeiro-ministro da Crimeia, o autor recebia bolsa de estudos e nunca tinha se mostrado agressivo no colégio.

Alunos e funcionários da escola afirmam que o ataque começou com uma explosão no refeitório, seguida de um ataque a tiros. Mais cedo, autoridades haviam informado que um “artefato explosivo não identificado cheio de objetos metálicos” havia causado uma explosão.

A diretora da escola, Olga Grebennikova, descreveu a cena que encontrou quando entrou no local após o ataque. “Há corpos em toda parte, corpos de crianças em toda parte. […] Eles destruíram tudo, havia vidro voando no hall”, disse à mídia local. “Eles correram jogando explosivos e foram para o segundo andar com armas e mataram todo mundo que encontraram.”

A polícia não descarta a ação de outras pessoas além do estudante Roslyakov.

As primeiras imagens da televisão local mostraram as equipes de resgate levando as vítimas para ambulâncias improvisadas.

“As vítimas são levadas em veículos comuns, em ônibus, ambulâncias. São crianças e trabalhadores”, disse um homem coberto de sangue a um canal de TV local.

Um morador disse que a polícia orientou os pais a buscarem seus filhos nas escolas e creches da cidade para garantir sua segurança.

Em 2014, a Rússia anexou a Crimeia, península do Mar Negro, região que pertencia à Ucrânia, o que gerou críticas da comunidade internacional e sanções ocidentais.

O presidente russo, Vladimir Putin, expressou condolências aos parentes das vítimas.

O primeiro-ministro da Crimeia anunciou em rede social que haverá três dias de luto na península.