SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O zagueiro Dedé voltou a falar, nesta quinta-feira (20), sobre sua expulsão no confronto entre Cruzeiro e Boca Juniors (ARG), no dia anterior, pela ida das quartas de final da Taça Libertadores.

Em texto publicado em seu perfil no Instagram, o cruzeirense destacou que não teve a intenção de atingir o goleiro Esteban Andrada no lance em que levou cartão vermelho e criticou a postura da equipe de arbitragem, comandada pelo paraguaio Éber Aquino.

“Jamais teria a intenção de atingir um companheiro de trabalho com uma cabeçada. A atitude dos árbitros foi covarde comigo e, principalmente, com o Cruzeiro e com o futebol. Mesmo já tendo falado ontem [quarta, 19], quis me pronunciar novamente para pedir desculpas ao goleiro Andrada pelo choque involuntário. Espero que ele esteja bem”, escreveu.

Dedé repetiu o discurso realizado logo após o apito final ao dizer que nem os jogadores adversários compreenderam a sua expulsão. O zagueiro ainda declarou que, mesmo com a derrota por 2 a 0 para o Boca Juniors na Argentina, o Cruzeiro tem condições de reverter a situação no duelo de volta, no Mineirão, no próximo dia 4.

“Reforço, também, que até mesmo alguns jogadores do Boca não entenderam a atitude do árbitro. Quero ficar longe de qualquer sentimento de raiva, mas, na esperança de que, ao menos, esta injustiça seja amenizada de alguma forma. Apesar de ser uma missão difícil, temos tudo para alcançar nosso objetivo, contra tudo e contra todos, em casa”, acrescentou o jogador do Cruzeiro.

Segundo comunicado divulgado pelo Boca Juniors nesta quinta, Andrada sofreu uma fratura no maxilar inferior por causa do choque com Dedé. O goleiro terá que ficar ao menos dois meses longe dos gramados.

O lance ocorreu aos 24min do segundo tempo, em jogada aérea do Cruzeiro, quando o Boca já ganhava por 1 a 0. O árbitro da partida só expulsou Dedé cinco minutos depois, ao consultar o VAR (árbitro de vídeo).