Divulgação/Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C. – Raniel

O Atlético Paranaense está fora da Copa do Brasil de 2018. A eliminação ocorreu nessa segunda-feira (dia 16) à noite, em Belo Horizonte, com o empate em 1 a 1 com o Cruzeiro, na partida de volta das oitavas de final. No jogo de ida, em 16 de maio, em Curitiba, o time paranaense perdeu por 2 a 1. O gol como visitante não é critério de desempate na competição. 

Esse foi o primeiro jogo de Tiago Nunes como técnico da equipe principal do Atlético. Ele assumiu a equipe em junho, após a demissão de Fernando Diniz, durante a pausa para a Copa do Mundo.

DESEMPENHO
Com a bola, o Atlético apresentou estilo de jogo semelhante ao de Fernando Diniz, com valorização da posse de bola e aposta nos passes curtos. Não funcionou. O time quase não incomodou a defesa adversária e teve uma atuação apática. Sem a bola, demonstrou evolução, permitindo poucos contra-ataques e com mais segurança na marcação pelos lados do campo. Só ficou exposto nos minutos finais, quando partiu desesperado para o ataque.

PREMIAÇÃO
O time paranaense acumulou R$ 7,8 milhões em cotas na Copa do Brasil 2018: R$ 1 milhão pela primeira fase, R$ 1,2 milhão pela segunda, R$ 1,4 milhão pela terceira, R$ 1,8 milhão pela quarta e R$ 2,4 milhões pelas oitavas. Se chegasse às quartas, receberia mais R$ 3 milhões. 

ESCALAÇÃO
O Atlético ainda não contou com Bruno Nazário, Marcelo Cirino e Crysan, que não estavam regularizados. Titulares com Diniz, Guilherme e Carleto começaram no banco. Tiago Nunes montou o time no seguinte esquema tático: 4-4-1-1 sem a bola e 3-4-3- com a bola. Com a posse, o volante Bruno Guimarães recuava e ficava entre os zagueiros. Os dois laterais avançavam ao mesmo tempo e formavam a linha de quatro do meio-campo. No ataque, Pablo ficou centralizado, com Nikão e Veiga nas pontas. Com Fernando Diniz, o Atlético se defendia no 5-4-1 e atacava no 3-4-3. No Cruzeiro, as baixas eram Hernán Barcos, Mancuello, Fred e Sassá. Mano Menezes formou a equipe no 4-2-3-1.

PRIMEIRO TEMPO
Na primeira etapa, o Atlético ficou mais tempo com a bola, porém pouco atacou. Criou apenas uma boa jogada ofensiva. O Cruzeiro não tinha preocupação ofensiva e só levou perigo em três momentos: duas bolas cruzadas (um escanteio e uma falta) e um chute de longa distância.

SEGUNDO TEMPO
Na volta do intervalo, o Cruzeiro conseguiu amarrar ainda mais o jogo. O Atlético continuou com mais posse de bola, mas sem criatividade no setor ofensivo. Aos 18, a primeira troca: saiu Raphael Veiga e entrou Guilherme. O esquema seguiu o mesmo. O time mineiro criou as melhores chances, como aos 20, quando Raniel saiu na cara do gol e preferiu tentar cavar o pênalti do que finalizar. Aos 29, o Atlético ficou mais ofensivo, com a saída do volante Lucho González para a entrada do ponta Marcinho. Aos 36, saiu o lateral Jonathan e entrou o atacante Bergson. O Atlético ficou exposto e levou o gol aos 40, em contra-ataque finalizado por Arrascaeta. O empate veio aos 46, com Bergson.

ESTATÍSTICAS
Ao final dos 90 minutos, o Atlético-PR somou 54% de posse de bola, 3 finalizações (2 certas), 94% de precisão nos passes e 6 escanteios. O Cruzeiro teve 46% de posse de bola, 9 arremates (5 certos), 93% nos passes e 9 escanteios. Os dados são do Footstats.

CRUZEIRO 1 x 1 ATLÉTICO
Cruzeiro: Fábio; Edilson, Dedé, Léo e Egídio; Henrique, Lucas Silva, Rafinha (Robinho), Thiago Neves (Raniel) e De Arrascaeta; Rafael Sóbis (David). Técnico: Mano Menezes
Atlético: Santos; Jonathan (Bergson), Paulo André, Thiago Heleno e Renan Lodi; Bruno Guimarães, Lucho González (Marcinho), Matheus Rossetto, Nikão e Raphael Veiga (Guilherme); Pablo. Técnico: Tiago Nunes
Gols: Arrascaeta (40-2º) e Bergson (46-2º)
Cartões amarelos: Raniel, Thiago Neves (C). Bruno Guimarães, Renan Lodi (A).
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS)
Local: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)