MOISÉS SARRAF
BELÉM, PA (FOLHAPRESS) – O barco com 70 pessoas a bordo que naufragou no rio Xingu, no Pará, na noite desta terça-feira (22) -sete corpos de vítimas já foram resgatados- fazia o transporte clandestino de passageiros pela via fluvial.
A informação é da Arcon (Agência Estadual de Regulação e Controle de Serviços Públicos), autarquia do governo do Pará responsável por regular o transporte intermunicipal.
Em nota, a Arcon diz que a embarcação Comandante Ribeiro “não estava legalizada para fazer o transporte de passageiros por não se encontrar registrada na Arcon”, e por isso o praticava “o transporte clandestino de usuários”. A autarquia diz ainda que já havia notificado o dono do barco, após operação em junho, mas nenhum representante se apresentou para regularizar a situação.
A Capitania dos Portos do Pará, órgão da Marinha, não informou se a embarcação estava irregular para transporte de passageiros como afirma a Arcon.
Entre os sete mortos, há um bebê entre um e dois anos e um adolescente de 15 anos. Segundo o Corpo de Bombeiros, 25 pessoas foram resgatadas com vida. Há cerca de 40 desaparecidos.
O barco, que partiu de Santarém, teria como destino a cidade de Vitória do Xingu (PA).
O naufrágio ocorreu em Vila do Maruá numa região conhecida como Ponta Grande, localizada na cidade de Porto de Moz, quando a embarcação já havia percorrido 350 km pelas águas do rio Xingu. Foi em Porto de Moz que o barco, segundo as autoridades, recebeu de uma vez 40 novos passageiros por volta das 18h desta terça.
Após deixar a cidade, uma tempestade se formou na região e é tratada como a principal causa do naufrágio.