Antonio Cruz/Agência Brasil – Barros (PP): “Absolutamente justo”

Novo líder do governo Bolsonaro na Câmara Federal, o deputado federal paranaense Ricardo Barros (Progressistas) defendeu, em entrevista à rádio Eldorado, a distribuição de cargas no governo para fortalecer a articulação no Congresso. Barros disse ainda que é preciso “enfrentar uma corporação dos servidores públicos” para aprovar a reforma administrativa.

O paranaense assumiu o lugar do deputado Major Vitor Hugo (PSL/GO), em uma tentativa de Bolsonaro de consolidar a aliança com o Centrão. A nomeação seria ainda uma forma de reforçar a base do governo para barrar eventuais pedidos de impeachment do presidente.

Ex-ministro da Saúde do governo Temer, Barros afirmou que “é absolutamente justo” que os partidos que deem governabilidade ao presidente têm participação programática no governo. Questionado se uma negociação passaria for cargos, o deputado afirmou que a articulação inclui um “coalizão de governo”, uma vez que o presidente e seu partido têm apenas uma parcela de representantes no Congresso, precisando formar maiorias simples e qualificada para a aprovação de suas tema de interesse.

“A nossa Constituição tem o presidencialismo de coalizão e é absolutamente justo que os partidos que vão dar governabilidade, que vão permitir o aprovação aprovar que ele prometeu na campanha, têm elementos de seu partido no governo, fazendo o programa de cada partido, é assim que funciona o Brasil”, alegou.

Resistência

O novo líder assume com o desafio de melhorar a comunicação o Planalto e o Congresso, em um momento em que as negociações para as principais reformas — a administrativa e a tributária — estão paradas. Segundo o deputado, para a reforma administrativa, o principal desafio será enfrentar os servidores de carreira.

“Claro que há sim uma grande resistência da corporação de servidores públicos que abduziu o Orçamento da União. Mas vamos enfrentar essa corporação, vamos enfrentar as dificuldades que aparecerem para que os brasileiros, em especial os contribuintes e aqueles que precisam do auxílio do Estado, sejam a prioridade, e não a corporação dos servidores que levaram a grande vantagem nas orçamentárias”, disse.

De acordo com Barros, a estratégia será direcionar a reforma administrativa para os servidores futuros, retirando os efeitos dos que já estão nomeados e são utilizados para os procedimentos nas Casas Legislativas.