SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A organização que representa os bispos da Igreja Católica dos EUA defendeu nesta quinta-feira (16) que os abusos apontados no estado da Pensilvânia sejam investigados pelo próprio Vaticano, com a ajuda de investigadores leigos.

O relatório, apresentado na última terça pela Suprema Corte do estado, apontou que 300 "padres predadores" abusaram de mais de mil crianças por décadas, acobertados pela igreja. O cardeal de Washington Theodore  McCarrick, que antes atuava na Pensilvânia, renunciou no mês passado diante da iminente publicação das denúncias.

A organização disse que vai criar novas formas para que vítimas reportem os abusos e para que as denúncias sejam investigadas sem interferência por bispos que supervisionem os acusados. 

Denúncias similares já emergiram na Europa, na Austrália, no Chile e no próprio EUA, levando a processos judiciais, provocando a falência de arquidioceses e diminuindo a autoridade moral da liderança da Igreja Católica, que tem cerca de 1,2 bilhão de membros ao redor do mundo.