Tânia Rêgo/Agência Brasil – “Jair Bolsonaro (PSL): u201cLula tambu00e9m nao foi a debatesu201d”

O candidato Jair Bolsonaro (PSL) disse ontem que irá aguardar a avaliação dos médicos, marcada para hoje para decidir se irá participar de debates visando o segundo turno. O presidenciável, contudo, admitiu que pode deixar de comparecer a encontros com candidato Fernando Haddad (PT), mesmo se for liberado pela equipe médica. “Tudo na política é estratégia”, declarou.
Ao deixar a sede da Polícia Federal no Centro do Rio, Jair Bolsonaro afirmou que não está fazendo “papel de vítima”. “Eu levei uma facada, não foi… Não era rinite, igual o Haddad teve e ficou sete dias sem ir (à prefeitura) de São Paulo. Perdi dois litros de sangue, cortou o intestino grosso, fezes se espalharam por todo meu organismo. Fui submetido a uma segunda cirurgia no dia 12, que começou às 9 horas da noite e terminou às 5 horas da manhã. Não foi uma brincadeira. Eu perdi 15 quilos, foi um atentado”, declarou Bolsonaro.
Depois, ele admitiu que sua eventual ausência também pode passar por uma decisão de campanha. “Vou debater com um poste, com um cara que é um pau mandado do Lula? Tenha santa paciência”, disparou. “Tudo na política é estratégia. O Lula não compareceu ao debate, o último da Rede Globo, em 2006 se não me engano. Entra tudo no meio, eu decido em equipe.”
Faixa – Bolsonaro disse que se considera praticamente eleito, em razão da dificuldade de seu oponente tirar a diferença de votos nesta reta final de campanha de segundo turno. 
“Nós estamos com uma mão na faixa, é verdade. Pode até não chegar lá, mas estamos com uma mão na faixa. (Haddad) Não vai tirar 18 milhões de votos de agora até daqui a dois domingos”, afirmou. 

TSE
PT acusa adversário de abuso de poder econômico

A coligação do presidenciável do PT, Fernando Haddad, entrou ontem com uma nova ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para apurar suposto abuso de poder econômico por parte do candidato do PSL, Jair Bolsonaro, à Presidência da República. A defesa do petista aponta colocação “de forma ilegal” de dezenas de outdoors pelo Brasil. O vice de Bolsonaro, general Hamilton Mourão (PRTB), também é alvo da ação.