LUCAS VETTORAZZO

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Pré-candidato à Presidência pelo PSL, o deputado federal Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira (21) ter reservas quanto a uma possível privatização da Eletrobras.

Apesar de ter escolhido Paulo Guedes, economista liberal para assessorá-lo no discurso econômico, Bolsonaro tem dito que é favorável a privatizações de estatais desde que não de áreas estratégicas para o país.

Bolsonaro tem criticado, por exemplo, a compra de ativos de mineração e energia por empresas chinesas. O pré-candidato discursou durante almoço com empresários na ACRJ (Associação Comercial do Rio).

Questionado se concorda ou não com a privatização da Eletrobras, Bolsonaro disse que “tem que ver o modelo [de venda]”, mas, a princípio, se estivesse na Presidência, reagiria à iniciativa.

“Temos que ver o modelo. A princípio eu reagiria a isso aí. O Brasil não pode ser um país em leilão”, disse ele.

Minutos antes, durante seu discurso, ele chegou a dizer que o “Brasil não pode ser inquilino dele mesmo”, numa crítica a venda de ativos e recursos naturais do país a empresas estrangeiras.

Ele criticou ainda o alto preço dos combustíveis no país, mas evitou fazer críticas diretas ao modelo de formação de preços da Petrobras. Segundo ele, o combustível é caro no Brasil por fatores que vão desde a alta carga tributária ao que ele chamou de “indústria da multa”.

Ele não sinalizou para uma possível mudança na política de combustíveis da estatal, caso eleito.