Divulgação

O presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) afirmou ontem, durante uma transmissão ao vivo em rede social, que tem desconfianças sobre quem teria mandado matar a vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL) e seu motorista, Anderson Gomes. Entretanto, o político não apresentou nomes ou qualquer indício a respeito do caso.

“Tenho minhas suspeitas de quem matou Marielle. Suspeitas apenas, né?”, declarou, laconicamente, o presidente. A fala sobre Marielle acontou um momento em que Bolsonaro reclamava de uma suposta perseguição promovida pelo governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), contra ele e seus familiares.

Bolsonaro também comentou o episódio do porteiro do condomínio no qual tem casa, no Rio. Esse porteiro disse em depoimento e assinou documentos do condomínio os quais apontariam que Élcio Queiroz, ex-policial militar preso por envolvimento na morte de Marielle, esteveno local pouco antes do atentado contra a vereadora carioca e aindda teria dito que iria à residência de Jair Bolsonaro. Naquela data, o hoje presidente e então deputado federal estava em Brasília.

“No meu entender, ele (porteiro) assinou sem ler, foi pressionado ou subornado. A TV Globo pôs no ar”, disse Bolsonaro, confirmando ainda que, já no início de outubro, foi avisado por Witzel sobre o envio do processo que citava seu nome ao Supremo Tribunal Federal.

“Qual interesse eu teria contra Marielle? Interesse zero. Vocês nunca me viram conversando com ela, trocando uma mensagem com ela”, disse Bolsonaro, admitindo que o episódio está gerando um desgaste.

“Muito obrigado, governador, pelo trabalho que vocês estão fazendo aí. Justiça vai ser feita, mas não é essa Justiça tua aí, de um setor do Judiciário. No mínimo o que está acontecendo no Rio é obstrução de Justiça. Fica plantando essas notícias, com apoio do Jornal Nacional”, reclamou ainda o presidente, dirigindo-se diretamente a Witzel.