O presidente Jair Bolsonaro reforçou que não deve definir o próximo titular da Procuradoria-Geral da República (PGR) até esta sexta-feira, 16. De acordo com ele, a dificuldade na escolha é a quantidade de bons nomes que disputam a vaga.

Ao falar sobre os critérios para a decisão, Bolsonaro afirmou que, em alguns casos, um candidato pode ser especialista no combate à corrupção, mas esbarrar nas ideias do presidente sobre questões ambientais. “Não é só uma pessoa que tem uma virtude, só uma virtude, tem que ver como um todo, nós temos que colocar o Brasil para frente”, declarou o presidente ao deixar o Palácio da Alvorada.

“Você bota, por exemplo, um cara que é especialista no combate à corrupção, daí a questão ambiental como é que fica? Vai continuar, como alguns no passado, atrapalhando essa área que é importantíssima para o desenvolvimento do Brasil”, citou Bolsonaro, fazendo referência ainda ao pensamento sobre minorias, indígenas e as “questões mais variadas possíveis”.

O presidente chegou a declarar que o nome do coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal, alvo de questionamentos no Conselho do MP, foi citado anteriormente para o cargo. Ele ressaltou, porém, que quem deseja concorrer à vaga para a PGR deveria procurá-lo.

Frota

Bolsonaro foi questionado sobre a expulsão do deputado Alexandre Frota (SP) do PSL – partido ao qual o presidente é filiado. Conforme o jornal O Estado de S.Paulo revelou, mais dois dos 54 deputados do partido estão ameaçados de ter de deixar a legenda: Bibo Nunes (RS) e Alê Silva (MG). “Nem sei quem. Quem é Alexandre Frota?”, declarou o presidente.