O presidente Jair Bolsonaro (PL) reconheceu ontem o impacto da inflação na disputa pelo Palácio do Planalto que trava com o pré-candidato do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Embora sem citar o petista nominalmente, Bolsonaro mostrou acreditar que o eleitor faz comparações entre passado e presente na hora de escolher seu candidato.
“Uma parte da população não sabe ver diferença. Olha na ponta da linha como está o preço na gôndola do supermercado e vota de acordo com o que está vendo, achando que vai voltar o diesel a R$ 3, a lata de óleo a R$ 5”, declarou o presidente, pré-candidato à reeleição. Bolsonaro, no entanto, voltou a jogar a culpa da inflação na crise trazida pela pandemia da covid-19 e nas medidas de contenção do coronavírus.
Bolsonaro afirmou que as eleições presidenciais deste ano são vistas como um “ponto de inflexão” para o Brasil e para o mundo”. “Alguns querem a volta à cena do crime”, afirmou Bolsonaro, em referência a uma frase do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) nas eleições de 2018. Hoje, Alckmin é o pré-candidato a vice de Lula.
Bolsonaro ainda voltou a celebrar a queda de multas do Ibama e a defender o armamento da população. “Eu não durmo sem uma arma do meu lado”, disse o presidente, que voltou a criticar a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovar o marco temporal. “Aí, acabou, acabou, porra”, disparou.