SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O deputado federal por São Paulo Eduardo Bolsonaro (PSL) disse que o pai, Jair Bolsonaro (PSL), tem chorado com os vídeos de apoiadores que têm sido mostrados a ele. O filho diz que Bolsonaro está anêmico, ainda fala com dificuldade e caminha poucos minutos com ajuda de um andador.

Diante do quadro, o filho diz mostrar a ele apenas textos e vídeos mais pontuais.

"Estive rapidamente com ele dentro da sala. Eu evito estimulá-lo, para dar o exemplo como filho. Ele é muito curioso para saber como andam as coisas aqui fora. A gente mostra um vídeo ou outro. Ontem mostrei para ele o vídeo do pessoal cantando o hino nacional do lado de fora da Santa Casa enquanto ele era operado. Ele chegou a se emocionar, chorou um pouco, mas é bom não estimular muito", disse Eduardo.

O filho disse que nos anos 1980 a família teve um carro, um Fiat Panorama azul escuro, que tinha o interior todo manchado de sangue porque Bolsonaro tentou resgatar uma pessoa esfaqueada. Segundo Eduardo, o pai lembrou do episódio ao sentir o pé formigando após a facada, mesma sensação relatada pela pessoa que Bolsonaro teria tentado salvar.

"Ele sabe que esteve próximo de morrer, chegamos a esclarecer para ele que se tivesse sido atingido na veia cava ele teria falecido. Muita gente ajudou, tudo contribuiu para salvá-lo. Se o motorista tivesse titubeado para qual hospital levar teria dado problema, por exemplo", afirmou.

Sobre a campanha e que rumos serão adotados com a ausência de Bolsonaro, Eduardo disse que não há novidades desde sábado (8). Como adiantado pela Folha, o presidenciável deve investir bastante em vídeos para as redes sociais assim que estiver recuperado, e o vice, general Hamilton Mourão (PRTB), e os filhos de Bolsonaro deverão assumir a campanha nas ruas. Nos debates, o palanque do candidato deverá ficar vazio, em uma estratégia de marcar sua presença pela ausência.

Eduardo diz acreditar que o ataque a Bolsonaro deve ajudar o pai a receber mais votos.

"Vamos esperar o que sinalizam as pesquisas. Mas acredito que sim. A imprensa toda fazendo essa cobertura faz com que as pessoas se envolvam emocionalmente com o que está acontecendo", concluiu.