O Governo do Estado lança nesta quinta-feira, 10 de setembro, Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, uma publicação dirigida aos funcionários que atendem adolescentes que cumprem medida socioeducativa no Estado. O objetivo do Caderno de Socioeducação de Prevenção ao Suicídio é orientar quem trabalha nos Centros de Socioeducação e Casas de Semiliberdade sobre procedimentos e estratégias relacionados à prevenção e aos encaminhamentos relacionados ao suicídio. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que 1 milhão de pessoas se suicidam a cada ano em todo mundo, o que representa uma pessoa a cada 1 minuto e 9 segundos. No Brasil, de acordo com informações da Associação Brasileira de Psiquiatria, calcula-se que sejam pelo menos 9 mil óbitos por ano, 25 por dia.

A publicação desenvolvida pelo Departamento de Atendimento Socioeducativo (Dease) da Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos será lançada no site da Pasta e poderá ser acessada no link www.dease.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=28. O caderno estará disponível também nas páginas das instituições parceiras, como Secretaria de Estado da Saúde, Ministério Público do Paraná, Comitê Gestor Intersecretarial de Saúde Mental do Estado do Paraná e Tribunal de Justiça, através do Conselho de Supervisão dos Juízos da Infância e da Juventude.

De acordo com o secretário da Justiça, Leonildo Grota, o Governo do Estado assume o compromisso em manter a prioridade da política da criança e do adolescente na pauta da agenda governamental. Neste sentido, os adolescentes merecem especial atenção. A prevenção do suicídio e as políticas de saúde mental na socioeducação foram eleitas como prioridades. O trabalho junto aos servidores, com o objetivo de garantia de direitos, permitirá um importante avanço no Estado no que se refere ao compromisso com a vida dos adolescentes, disse ele.

O diretor do Departamento de Atendimento Socioeducativo, Pedro Ribeiro Giamberardino, explicou que o material tem a intenção de trazer subsídios e orientações práticas para prevenção ao suicídio na socioeducação, mas também contextualiza esta importante temática dentro de um cenário de vida que potencializa sentimentos de aflições, desespero ou desesperança, fazendo disso uma preocupação constante.

Trabalhar com situações que nos levam a ver a morte, ainda que como hipótese, de um adolescente trazem inevitavelmente esses sentimentos de preocupação com uma carga ainda maior, destaca o diretor.

CAMPANHA – Como parte da campanha “Vamos falar sobre suicídio?” – slogan escolhido na perspectiva de que falar sobre o tema é uma das maneiras de prevenir que as pessoas tirem a própria vida – o Caderno traz a proposta de que cada Unidade de Atendimento Socioeducativo promova uma roda de conversa com os adolescentes sobre o assunto e atividades artísticas que envolvam a valorização da vida. Cada unidade promoverá as ações conforme seu cronograma e a metodologia escolhida, de acordo com o perfil do adolescente a ser trabalhado pela equipe técnica.

Na sequência, o Departamento de Atendimento Socioeducativo e a Escola de Educação em Direitos Humanos vão viabilizar uma capacitação em saúde mental para todos os servidores da socioeducação, que será regionalizada e abrangerá a temática da prevenção do suicídio.

Os ambientes de privação de liberdade são locais em que é necessário manter protocolos de segurança diretamente relacionados ao tema. Por isso, o caderno lançado traz o fluxo de ações para o monitoramento dos respectivos encaminhamentos de saúde relacionados aos adolescentes, incluindo-se fatores de risco ao suicídio, disse o diretor do Departamento de Atendimento Socioeducativo.