ITALO NOGUEIRA
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) não negou nesta quarta-feira (8) apenas a acusação de ter recebido propina na Secretaria de Saúde do Estado. Ele refutou outra tese do Ministério Público Federal: de que pertenceria a ele o perfil “Cabra Macho” no aplicativo Wickr, de troca de mensagens criptografadas.
“É um nome muito forte, né?”, disse Cabral, ao ser questionado pelo procurador Eduardo El Hage, coordenador da Operação Lava Jato no Rio.
A Procuradoria tentou insistir no questionamento sobre o motivo de usar um aplicativo criptografado.
“Pelo mesmo motivo que todos os clientes usam. Qual o seu apelido?”, perguntou Cabral a Hage.
A pergunta provocou risos na audiência. No mesmo dia, fora divulgado pela TV Globo que a Polícia Federal investiga uma suposta produção de dossiês contra Bretas e procuradores a pedido do ex-governador.
A titularidade de “Cabra Macho”, contudo, como sendo de Cabral foi confirmada por Carlos Emanuel Miranda, ex-assessor do peemedebista que confessou ter gerenciado a propina do grupo.
Cabral já foi condenado a 72 anos de prisão em três processos. Na ação penal decorrente da Operação Fatura Exposta, é acusado por ter recebido R$ 16 milhões do empresário Miguel Iskin por contratos da Secretaria de Saúde.