TALLAHASSEE, EUA (FOLHAPRESS) – O Legislativo do estado da Flórida aprovou nesta quarta-feira (7) a lei que sobe de 18 para 21 anos a idade mínima para a compra de armas longas, como fuzis, e permite que funcionários de escolas portem armas no trabalho.
As medidas são aprovadas em meio à pressão por controle de armamento após o ataque a tiros a uma escola que deixou 17 mortos em Parkland em 14 de fevereiro -os sobreviventes da tragédia foram os principais defensores das mudanças na lei.
Além da elevação da idade, a legislação estabelece um período de quarentena para a aquisição dos fuzis e proíbe a venda dos chamados “bump stocks”, mecanismos que transformam armas semiautomáticas em metralhadoras.
Também cria um programa voluntário no qual funcionários dos colégios poderão levar revólveres e pistolas aos seus locais de trabalho. Para isso, porém, eles precisarão de treinamento policial e autorização do distrito escolar.
A medida é similar a um projeto da Associação Nacional do Rifle (NRA), principal lobby pró-armas dos EUA, e havia sido sugerida pelo presidente Donald Trump logo depois da tragédia como solução a futuros massacres.
O projeto ainda inclui medidas que criam novos programas de saúde mental para as escolas, um disque-denúncia de ameaças às instituições de ensino e melhoras na comunicação as áreas educacional e de segurança.
Agora, a lei vai para a sanção do governador Rick Scott. O republicano, no entanto, é contra professores armados em sala de aula e, em seu lugar, defende a existência de um policial a cada mil alunos nas escolas.
Por outro lado, o projeto não proíbe a venda de armas longas, como queriam os estudantes. Foi com um fuzil AR-15 comprado legalmente que Nikolas Cruz, 19, atacou a escola Marjorie Stoneman Douglas, da qual é ex-aluno.
Cruz foi preso logo após o ataque e foi indiciado por homicídio doloso.