BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A Câmara deve instalar a comissão especial para tratar do projeto de reforma da aposentadoria de militares no meio de maio, mas a votação deve ficar apenas para depois da análise da proposta da Previdência. 


Deputados próximos ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmam que a intenção é criar o colegiado que analisará a proposta em duas semanas, mas que o acordo é que o texto só saia dessa fase de tramitação depois que a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) vá para o plenário. 


Ou seja, a votação deve ficar para o segundo semestre deste ano. 


A proposta chegou ao Congresso em 20 de março, mas ainda não começou a andar no Legislativo. 


Ainda não foram escolhidos relator e presidente para o colegiado, mas eles devem vir de ala afinada com o projeto dos militares, que inclui uma reestruturação de carreira. 


A reestruturação das Forças Armadas representa uma despesa adicional de R$ 86,85 bilhões em dez anos, reduzindo a economia com a mudança nas regras de aposentadoria para R$ 10,45 bilhões no mesmo período. 


A inclusão dessa mudança no projeto irritou parlamentares, e deve causar embates no plenário. 


A proposta dos militares foi enviada como parte do acordo para a tramitação da Previdência, que só começou a andar na Casa depois da entrega do projeto. Ele foi trazido à Casa pelo presidente Jair Bolsonaro pessoalmente, junto com o ministro da Economia, Paulo Guedes.