SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O antigo grupo guerrilheiro das Farc anunciou nesta quinta (8) que não irá mais disputar a eleição presidencial na Colômbia depois que seu candidato, Rodrigo Londoño, desistiu do pleito, que vai ocorrer em maio.  
As candidaturas para a Câmara dos deputados e para o Senado, porém, estão mantidas. 
Mais conhecido como Timochenko, nome que usava quando liderava a guerrilha, Londoño justificou sua saída por enfrentar problemas de saúde. Ele passou na quarta (7) por uma cirurgia no coração e está em recuperação em um hospital na capital Bogotá.  
O grupo disse que ataques feitos pela extrema direita, incluindo protestos em comícios, também influenciaram a decisão. Timochenko chegou a cancelar eventos da campanha em fevereiro depois que um ato teve que ser interrompido quando manifestantes atiraram tomate e ovos nos ex-guerrilheiros.
Ele afirmou que os ex-guerrilheiros não descartam apoiar um candidato de fora do grupo, desde que este seja um defensor do acordo de paz assinado em 2016 entre as antigas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e o presidente Juan Manuel Santos, que deixará o cargo em agosto.  
Com o acordo, a guerrilha abriu mão da luta armada e se transformou em um partido político, também chamado de Farc (Força Alternativa Revolucionária do Comum).