Centenas de pessoas participaram, ontem, da 12ª Marcha da Maconha em Curitiba. O movimento pede a descriminalização do uso social da planta. Segundo os organizadores, a marcha tinha importância política maior neste ano, já que no dia 5 de junho, estava previsto que o Supremo Tribunal Federal (STF) retomasse o julgamento do Recurso Extraordinário que pode descriminalizar o uso de drogas no Brasil. Porém, na semana passada o presidente do STF, Dias Toffoli, retirou o tema da pauta.
A concentração da marcha curitibana foi na Bocal Maldita, e reuniu vertentes dos que pedem a descriminalização, como aqueles que defendem o uso social, medicinal, cultivadores e outros. Além de Curitiba, a marcha da maconha vem acontecendo em diversas cidades brasileiras. Na semana passada ela foi realizada em Maringá. No sábado, a marcha reuniu milhares na Avenida Paulista, em São Paulo. Na sexta-feira, foi feita em Brasília, em frente ao prédio do STF.
Descriminalização
A descriminalização do uso da maconha é uma discussão que já tem dois anos no STF, mas que está interrompido. O placar até então era de três votos favoráveis à descriminalização contra nenhum contra. No Supremo o processo está com o ministro Alexandre Moraes, que herdou o caso do ministro Teori Zavascki, que morreu em um acidente aéreo em 2017.
Já o governo federal é contra a descriminalização e, ao contrário, tem projetos para endurecer mais o tratamento de usuários, com internamento compulsório.
