Franklin de Freitas

Cerca de 200 pessoas fazem protesto no Centro de Curitiba contra o aumento da passagem de ônibus na Capital na noite desta terça (26). Eles começaram o protesto na Praça Rui Barbosa e seguem por ruas do Centro da cidade. O trânsito está complicado na região, por causa dos bloqueios temporários para passagem dos manifestantes.

A tarifa da Rede Integrada de Transporte que atende Curitiba e mais 13 municípios da Região Metropolitana com as integrações será reajustada a partir da zero hora da quinta-feira (28/02), no primeiro aumento desde fevereiro de 2017.

A passagem do usuário passará de R$ 4,25 para R$ 4,50, um reajuste de 6% definido pela Urbs (Urbanização de Curitiba S/A) para todo o sistema que transporta por dia 1,3 milhão de passageiros, sendo 600 mil pagantes. Os não pagantes usufruem de isenções asseguradas em lei; fazem parte deste grupo idosos, pessoas com deficiência, estudantes (meia passagem) e ainda os passageiros da Região Metropolitana que entram no sistema urbano pelas integrações.

A prefeitura destaca que o reajuste ficou abaixo do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor), 5,8% contra 6,7%, considerando o período de fevereiro de 2017 (último reajuste) a janeiro de 2019. Ficou abaixo, também, do reajuste ocorrido na média das cidades brasileiras neste ano: 8,7%, segundo a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos. 

Apesar disso, o valor deixa Curitiba com a passagem de ônibus mais cara do País entre as capitais. “Fizemos um grande esforço e conseguimos manter a tarifa congelada por dois anos”, diz Ogeny Pedro Maia Neto, presidente da Urbs. “Agora, com o aumento dos custos do diesel, a previsão de um aumento salarial de motoristas e cobradores de aproximadamente 3,8%, e outros impostos, foi necessário adequar o valor para não comprometer a sustentabilidade do sistema.”, justifica.