Em abril de 2019, a Cesta Básica de Curitiba calculada pelo Dieese apresentou variação de 4,07%, sendo o sexto maior aumento entre as dezoito capitais que tiveram aumento de preços, passando de R$ 443,86 para R$ 461,91. Deste modo, a capital paranaense teve o oitavo maior valor entre as capitais pesquisadas.

Em 12 meses (comparação de abril de 2019 com abril de 2018), a variação foi de 17,22% e no ano de 2019 (comparação de abr/2019 com dez/2018) teve aumento de -10,23%.

O custo da ração alimentar essencial mínima para uma família curitibana (1 casal e 2 crianças), foi de R$ 1.385,73 (hum mil trezentos e oitenta e cinco reais e setenta e três centavos) sendo necessários 1,39 salários mínimos somente para satisfazer as necessidades do trabalhador e sua família com alimentação no mês de abril de 2019. A cesta básica teve um custo mensal de R$ 461,91, tendo um custo diário de R$ 15,40.

Em abril de 2019, o trabalhador curitibano remunerado pelo salário mínimo comprometeu 101 horas e 49 minutos de sua jornada mensal para adquirir os gêneros essenciais, tempo superiores às 97 horas e 50 minutos exigidas em março de 2019. Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, a relação passou de 48,34% em março de 2019 para 50,31% em abril de 2019.

No ano, a cesta básica de Curitiba apresenta uma variação de 10,23% sendo a terceira menor variação entre as capitais pesquisadas. Na comparação anual (mesmo mês do ano anterior), a cesta básica de Curitiba teve aumento de 17,22%, sendo a quinta menor alta entre as dezoito capitais pesquisadas.

Dos 13 produtos pesquisados, oito registraram alta em abril de 2019 em relação a março de 2019: o tomate (22,16%), a batata (12,62%), a banana (5,84%), a farinha de trigo (2,82%), o óleo de soja (1,51%), a manteiga (1,46%), a carne (1,03%) e o açúcar (0,93%). Por outro lado, cinco itens tiveram queda: o Arroz (-2,86%), o feijão (-1,30%), o pão francês (-0,69%), o leite (- 0,30) e o café (-0,10%).

Em 12 meses, onze produtos apresentam aumento: a batata (101,67%), o feijão preto (58,33%), o tomate (48,31%), a farinha de trigo (23,77%), a manteiga (15,02%), o leite (9,20%), a carne (8,52%), a banana (8,14%), o óleo de soja (6,60%) o pão francês (2,12%) e o arroz (1,71%). Por outro lado, dois produtos acumulam queda: o café (-6,52%) e o açúcar (-1,80%).

Em abril de 2019, o custo do conjunto de alimentos essenciais subiu em todas as capitais, conforme mostra o resultado da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) em 18 cidades. As altas mais expressivas ocorreram em Campo Grande (10,07%), São Luís (7,10%), Aracaju (4,94%) e Vitória (4,77%).

A capital com a cesta mais cara foi São Paulo (R$ 522,05), seguida pelo Rio de Janeiro (R$ 515,58) e Porto Alegre (R$ 499,38). Os menores valores médios foram observados em Salvador (R$ 396,75) e Aracaju (R$ 404,68).

Em 12 meses, entre abril de 2018 e o mesmo mês de 2019, todas as cidades tiveram alta, as mais expressivas em Campo Grande (30,17%), Recife (25,19%) e João Pessoa (22,78%). A menor taxa acumulada foi anotada em Florianópolis (13,02%). Nos primeiros quatro meses de 2019, todas as cidades apresentaram alta acumulada, com destaque para Vitória (23,47%), Recife (22,45%) e Natal (20,12%). O menor aumento foi registrado em Florianópolis (5,35%).

OUTRAS CAPITAIS
Entre março e abril de 2019, os produtos cujos preços apresentaram tendência de alta foram o tomate, a banana, a carne bovina de primeira e o pão francês. Já as cotações do feijão e do arroz tiveram redução média de valor na maior parte das cidades. O preço do quilo do tomate aumentou em todas as capitais entre março e abril. As taxas variaram entre 15,24%, em Fortaleza, e 77,90%, em Campo Grande. Em 12 meses, as altas cumuladas oscilaram entre 41,33%, em Florianópolis, e 133,62%, em Campo Grande. O fim da safra de verão explicou o aumento do tomate em todas as cidades. Além disso, observou-se baixa qualidade do fruto, devido ao clima chuvoso, o que elevou a cotação daqueles com melhor aparência.

A dúzia da banana aumentou em 14 cidades e diminuiu em outras quatro. A pesquisa coleta os tipos prata e nanica e faz uma média ponderada dos preços. As altas mais expressivas foram registradas em Campo Grande (18,06%), Recife (12,57%), Salvador (8,19%) e João Pessoa (6,87%). As retrações ocorreram em Belo Horizonte (-3,62%), Brasília (-2,34%), Fortaleza (- 1,38%) e Natal (-1,30%). Em 12 meses, o quilo da banana subiu em 14 cidades, com destaque para as variações de Campo Grande (31,65%), João Pessoa (18,57%) e Vitória (18,18%). Houve queda do preço médio em quatro cidades, as mais intensas anotadas em Natal (-12,62%) e Goiânia (-10,87%). Menor oferta da banana prata e nanica explica a elevação do preço médio nas capitais.

O preço do quilo da carne bovina de primeira aumentou em 12 cidades e diminuiu em seis. As altas variaram entre 0,30%, em Florianópolis, e 2,74%, em São Luís. A redução mais intensa foi registrada em Campo Grande (-1,72%). Em 12 meses, o produto teve alta nas 18 cidades – entre 1,19%, em Belém, e 11,91%, em Goiânia. O elevado volume de exportação, a oferta restrita e a firme demanda foram responsáveis pelo aumento do preço da carne bovina na maior parte das capitais.

O preço médio do quilo do pão francês aumentou em 12 cidades, ficou estável em Belém e diminuiu em outras cinco capitais. As altas variaram entre 0,31%, em Recife, e 2,77%, em Aracaju. Merece destaque a redução no valor médio do quilo em João Pessoa (-2,44%). Em 12 meses, o preço aumentou em todas as cidades, com taxas entre 2,12%, em Curitiba, e 15,68%, em Brasília. A cotação do trigo influenciou o valor da farinha, principal insumo do pão francês.

O preço médio do feijão diminuiu em 18 capitais em abril de 2019. O tipo carioquinha, pesquisado nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, em Belo Horizonte e São Paulo, teve o preço médio reduzido entre -17,45%, em Belém, e -0,86%, em Campo Grande. Já o feijão preto, pesquisado nas capitais do Sul, em Vitória e no Rio de Janeiro, apresentou queda de valor entre -1,30%, em Curitiba, e -8,04%, em Porto Alegre.

Em 12 meses, o preço médio do grão carioquinha acumulou alta, acima de 100%, em todas as capitais: as taxas variaram entre 112,66%, em Salvador, e 146,84%, em São Luís. As variações acumuladas do tipo preto também foram positivas, mas em patamares menores: entre 31,66%, em Porto Alegre, e 71,25%, em Vitória. A demanda pelo grão carioca foi menor, devido aos altos preços, uma vez que o consumidor buscou substitui-lo por outro similar. E a redução do preço do feijão preto seguiu o comportamento do carioca.

O quilo do arroz branco diminuiu em 12 cidades, ficou estável em Recife e Salvador e aumentou em quatro capitais. As quedas mais expressivas foram as de Florianópolis (-16,15%) e Porto Alegre (-4,01%). As maiores altas ocorreram no Rio de Janeiro (1,34%) e em Belo Horizonte (1,09%). Em 12 meses, o preço do arroz subiu em 17 cidades, exceto em Florianópolis (-3,27%), e as elevações variaram entre 1,71%, em Curitiba, e 25,34%, em Belém. A fraca demanda influenciou o preço do arroz no varejo.

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