SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Carnaval não foi o maior problema do setor automotivo no mês de março. Segundo dados da Anfavea (associação que representa as montadoras), a queda de 6,4% na produção sobre fevereiro se deveu às chuvas que inundaram a fábrica de caminhões da Mercedes, à queda nas exportações e à greve na Ford, em protesto contra o anúncio de fechamento da unidade de São Bernardo do Campo (ABC paulista).


Em relação a março de 2018, a queda foi de 10,1%.


Segundo Antonio Megale, presidente da entidade, esses fatores fizeram com que 18 mil unidades deixassem de ser produzidas no mês passado, que terminou com 257 mil veículos montados.


O cálculo inclui carros de passeio, comerciais leves, ônibus e caminhões.


No acumulado do ano, a produção registra queda de 0,6% em comparação ao primeiro trimestre de 2018.


Por outro lado, as vendas seguem em crescimento. Os dados de licenciamento no mercado nacional foram divulgados na quarta (3) pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).


Apesar do Carnaval, foram emplacados 207,4 mil veículos em março, número que superou em 0,9% o resultado de março de 2018. O número também inclui carros de passeio, veículos comerciais leves, ônibus e caminhões.


Na comparação com fevereiro, o mês passado teve alta de 5,3% nos licenciamentos.


Ao todo, 209,2 mil veículos foram vendidos em março. No acumulado do ano, que registra alta de 11,4%, a soma chega a 607,6 mil unidades.


A diferença entre emplacamentos e produção se deve aos estoques e à importação de veículos.


As exportações continuam com resultados ruins.


“A Argentina realmente caiu, mas há crescimento nas exportações para o México e para a Colômbia”, afirmou Megale.


No acumulado do ano, 104,6 mil unidades foram exportadas, queda de 42%.