Em reunião no final da tarde de ontem no Palácio Iguaçu com representantes do Fórum das Entidades Sindicais (FES), a governadora Cida Borghetti (PP) pediu novo prazo até a próxima terça-feira para concluir os estudos sobre a possibilidade de pagar o reajuste de 2,76% relativo à inflação dos últimos doze meses para os servidores públicos do Executivo – que estão com os salários congelados desde 2016. Na semana passada, Cida determinou que os técnicos da Secretaria da Fazenda apresentassem um relatório com o impacto da reposição nas contas do Estado. Inicialmente, a expectativa era de que esses números fossem apresentados já na segunda-feira, mas segundo a governadora, o relatório não foi concluído a tempo.
Ao mesmo tempo, a Assembleia Legislativa – em um acordo entre as lideranças do governo e de oposição – adiou também para a próxima terça-feira, a votação de cinco projetos que prevêem o reajuste para os servidores do Ministério Público, Defensoria Pública, Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas e do próprio Legislativo. Os projetos chegaram a entrar em pauta no último dia 11, mas foram retirados diante da pressão dos servidores do Executivo e dos deputados para que a reposição seja estendida a todo o funcionalismo.
A medida, segundo a governadora, assegura o tempo necessário para que os técnicos da Fazenda concluam os estudos. “Queremos ouvir todas as partes e buscar o entendimento”, alegou. Amanhã, uma nova reunião vai dar continuidade no debate. O Fórum das Entidades Sindicais será recebido pelo secretário de Estado da Fazenda e técnicos da pasta. As estimativas apontam que o pagamento do reajuste custaria R$ 530 milhões ao ano.