O ex-secretário especial da Receita Federal Marcos Cintra afirmou que o governo Bolsonaro não conseguirá alcançar a arrecadação de R$ 120 bilhões espera com a tributação de plataformas digitais a partir da criação de uma ‘nova CPMF’.

Para ele, a regressividade da CPMF pode ser facilmente resolvida com a tributação por meio de faixas. “A CPMF pode ser progressiva, o que nenhum imposto sobre consumo será”, disse, em Live promovida pelo BTG Pactual, na manhã desta quinta-feira, 13.

De acordo com Cintra, caso o governo adotasse a CPMF com uma alíquota de 0,33% poderia conseguir uma arrecadação de R$$ 220 bilhões a R$ 230 bilhões. Além disso, ele destacou que nesse patamar seria possível implementar a desoneração da folha.

“Eu prefiro uma alíquota cumulativa e baixa, como CPMF, do que IVA, que tem alíquota cavalar”, disse o ex-secretário. “A CPMF foi satanizada e demonizada. Vamos discutir. As vantagens desse tributo superam e muito suas desvantagens”, defendeu.