ANAHI MARTINHO

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em pocket show de lançamento de seu primeiro EP, “Jungle Kid”, para imprensa e convidados, Cleo (ex-Pires) mostrou que tem entusiasmo e sensualidade de sobra no palco, mas ainda falta se empoderar da própria carreira.

Aos 35 anos, ela afirma que sempre teve vontade de apostar na música, mas que faltava coragem. A nova empreitada tem tudo para dar certo: há apenas um ano ela decidiu lançar a carreira, e agora já tem contrato com a Vevo, empresário e assessoria de imprensa. O que vai cantar nos palcos, porém, ainda não foi decidido.

Na contramão de artistas pop como Anitta, que faz questão de estar à frente de todas as decisões da carreira, Cleo está perdida sobre as negociações de seus primeiros shows e não sabe como vai completar seu repertório de apenas cinco músicas autorais.

“Isso é com meu empresário, não sei de nada, nem onde vai ser, nem quando vai ser”, afirma. No show de lançamento, cantou quatro músicas em inglês, três em português, incluindo um cover de Marina Lima, que estava presente no show, realizado na sede da Vevo em São Paulo.

“Minhas influências vão do heavy metal a Caetano e Lana Del Rey”, diz Cleo, que ficou irritada quando questionada por jornalistas sobre a mudança do sobrenome. “Mudei porque quis”, resumiu, fazendo um barulho de ronco.

No palco, tanto a atitude quanto o look mostraram uma Cleo comportada, destoante da imagem sexy que costuma passar. Em uma das músicas em português, “Bandida”, ela dança ao som da batida de funk. Nas outras, mostra um semblante mais concentrado e romântico, à lá Lana Del Rey.

“Eu sou bandida, sou brasileira, sou flor que se cheira. Quem mexer comigo eu vou me vingar”, diz a letra, que foi escrita por Cleo em parceria com o produtor Guto Guerra.

A atriz e cantora foi prestigiada pela mãe, Gloria Pires, o padrasto, Orlando Morais, a irmã Antonia Morais e amigos famosos, como Marina Lima e Wanessa Camargo.