Colaboração

Clientes do Bitcoin Banco fazem um protesto na tarde desta quinta (24) na frente da sede da empresa, na Rua Carlos de Carvalho, no Centro de Curitiba. Eles querem chamar atenção das autoridades monetárias, de deputados federais e do Ministério Público Federal sobre calote que o banco, o maior do segmento das criptomoedas, deu em clientes. 

Na convocação, os lesados acusam Cláudio de Oliveira, dono do negoiecoins e do GBB, de esvaziar os dados da empresa e armazenar tudo em pen drives “ledgiers” e por esse motivo o os clientes que depositaram a moeda, não conseguem sacar há quatro meses. A expectativa é que 100 pessoas participem do protesto, mas no início da tarde poucas estavam no local. 

Desde o dia 17 de maio que o Bitcoin Banco vem segurando os saques de clientes. A empresa afirmou que a crise ocorreu devido a uma invasão hacker, que gerou R$ 50 milhões de prejuízo. O GBB disse por meio de seu presidente à época, Cláudio Oliveira, que alguns clientes mal-intencionados teriam efetuado saques duplos. A empresa chegou a levar o caso à polícia.

A Justiça do Paraná, por meio da 25ª Vara Cível de Curitiba, mandou intimar as empresas do grupo econômico, formado pela CLO participação e investimentos S/A; Grupo Bitcoin Banco; as exchanges Negociecoins e TemBTC entre outras a apresentar um documento produzido por uma auditoria externa independente a fim de atestar as supostas fraudes praticadas pelos requeridos. Além disso, os saques suspensos motivaram aqueles investidores que não puderam ter acesso ao seu dinheiro e a tampouco às suas criptomoedas a entrarem com ações judiciais. Numa outra ação, a Justiça mandou bloquear quase R$ 6 milhões das principais empresas do grupo. Contudo, as contas estavam vazias. O valor bloqueado foi de R$ 130 mil, sendo R$ 122 mil na BAT exchange. Em uma das ações, os carros de luxo do empresário chegaram a ser confiscados. As partes, contudo, chegaram a um acordo, que está em segredo de Justiça, e os veículos ficaram na garagem da empresa.