A pandemia do novo coronavírus fez o Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina (AL) registrar piora, passando de -14,1 pontos no trimestre terminado em janeiro para -60,4 pontos no trimestre encerrado em abril. O levantamento é feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) em parceria com o instituto alemão IFO.

O resultado foi o pior da série histórica desde janeiro de 1989. Até então, o patamar mais baixo tinha ocorrido em janeiro de 2009, quando o ICE desceu a -48,7 pontos, logo após a crise financeira de 2008.

O índice de Situação Atual (ISA) passou de -53,8 pontos em janeiro para -89,9 pontos em abril, o pior resultado da série histórica iniciada em janeiro de 1989. O Indicador de Expectativas (IE) desceu de 36,5 pontos em janeiro para -23,1 pontos em abril.

“Os resultados de abril mostram que a pandemia levou a região direto para uma fase de recessão, com reversão de expectativas e uma piora muito expressiva nas avaliações sobre a situação atual”, ressaltou a FGV, em nota.

Brasil

No Brasil, o ICE recuou de -2,0 pontos em janeiro para -60,9 pontos em abril. O índice de Situação Atual (ISA) passou de -52,2 pontos em janeiro para -90,9 pontos em abril. O Indicador de Expectativas (IE) diminuiu de 65,2 pontos positivos em janeiro para -22,7 pontos em abril.

Houve deterioração do ICE em todos os países da América Latina no período. No Paraguai, o índice caiu de 28,0 pontos positivos para -70,4 pontos entre janeiro e abril.