LONDRES, REINO UNIDO (UOL/FOLHAPRESS) – Apenas seis pilotos estão confirmados nas 20 vagas do grid para a temporada 2019 da Fórmula 1. O mercado atual da categoria é considerado o mais complexo dos últimos anos.

A Mercedes vai repetir a dupla Lewis Hamilton e Valtteri Bottas. A Renault contará com Daniel Ricciardo, que deixará a Red Bull, e Nico Hulkenberg. Sebastian Vettel e Max Verstappen estão garantidos na Ferrari e na Red Bull, respectivamente.

A indefinição, portanto, é maior no meio do pelotão —com dois campeões, Kimi Raikkonen e Fernando Alonso, entre os pilotos com o futuro indefinido.

Das 14 vagas abertas, há apenas uma na Ferrari e uma na Red Bull. A situação no time italiano ficou bastante indefinida após a morte do presidente Sergio Marchionne, na semana passada, uma vez que ele era o grande defensor da contratação de Charles Leclerc para o lugar de Kimi Raikkonen.

A mudança não teria o apoio de Vettel, que quer a continuidade do finlandês, mas seu poder na decisão depende muito do desempenho no campeonato —e, consequentemente, poder de barganha político.

Raikkonen teve conversas iniciais com a McLaren, mas teria que esperar uma decisão de Alonso, cujo prazo é o fim de outubro. Outro time que sonda o campeão de 2007 é a Sauber, que conta com grande impulso financeiro em consequência da parceria com a Ferrari por meio da Alfa Romeo.

Alonso aparece entre os candidatos à vaga da Red Bull, mas a parceria com a Honda pesa contra o espanhol. O time deve escolher um piloto mais jovem —Pierre Gasly aparece com mais chances, seguido de Carlos Sainz.

WILLIAMS E FORCE INDIA

As duas parceiras da Mercedes estão com dificuldades financeiras e devem ceder aos interesses dos alemães. A Williams deve perder Lance Stroll para a Force India, pois o pai do canadense pode investir no time.

Assim, o russo Sergey Sirotkin, que deve continuar, pode ter o novato George Russell, piloto Mercedes, a seu lado. E o nome de Stoffel Vandoorne também é comentado.

Já a Force India deve ficar com Stroll e também um piloto Mercedes, como já é o caso hoje: Esteban Ocon estava fortemente cotado para uma vaga na Renault e agora pode ficar onde está.

HASS E SAUBER

As duas parceiras da Ferrari aguardam movimentos das outras. A Sauber terá que ceder Leclerc se os italianos quiserem, e promover o piloto de testes da Scuderia, Antonio Giovinazzi. Vandoorne vem conversando também com o time para o lugar de Ericsson.

Já na Haas, Kevin Magnussen está praticamente confirmado. É muito difícil que Romain Grosjean renove, e essa possível vaga se tornou uma das mais cobiçadas do mercado, pois o time é quinto entre os construtores. Pela experiência e aporte financeiro, quem está na frente na briga no momento é Sergio Perez.

MC LAREN E TORO ROSSO

O time B da Red Bull, a Toro Rosso, pode acabar ficando com Lando Norris, piloto McLaren, em um negócio que envolve a contratação do projetista James Key pelo time inglês. Se Gasly subir para a Red Bull, aumentam as chances de Brendon Hartley continuar.

Já a McLaren tem o cenário mais aberto. Vandoorne não deve ficar e Alonso tem um prazo longo para se definir, mas o time precisa de um nome forte para seus patrocinadores. Sainz estava muito cotado para ir para Woking, mas pessoas ligadas ao espanhol indicaram que as negociações haviam esfriado.

Com a Force India em processo de administração, a Ferrari se redefinindo na fase pós-Marchionne e o futuro de Alonso completamente aberto, é esperado que o mercado siga indefinido até a próxima etapa da Fórmula 1, que será disputada na Bélgica no fim de agosto.