Valquir Aureliano – Torcedores protestam na Vila Capanema

O Paraná Clube teve um dia de desabafo. Nessa sexta-feira (dia 1º), o técnico Matheus Costa aproveitou a entrevista coletiva para rebater críticas. Ele lembrou que dirige uma equipe com baixo orçamento e, mesmo assim, segue na briga pelo acesso.

Segundo levantamento do jornalista Jorge Nicola, o Paraná tem a terceira menor folha salarial da Série B de 2019. Clique aqui para ver.

AS FOLHAS SALARIAIS DOS TIMES DA SÉRIE B
1º Coritiba — R$ 1,5 milhão
2º Red Bull Bragantino — R$ 1,2 milhão
2º Ponte Preta — R$ 1,2 milhão
4º Sport — R$ 1,1 milhão
5º Criciúma — R$ 1 milhão
6º Botafogo-SP — R$ 900 mil
6º Cuiabá — R$ 900 mil
8º Vitória — R$ 800 mil
8º Atlético-GO — R$ 800 mil
10º América-MG — R$ 750 mil
11º Operário — R$ 700 mil
11º Vila Nova — R$ 700 mil
13º Guarani — R$ 600 mil
14º Londrina — R$ 550 mil
14º Brasil-RS — R$ 550 mil
16º CRB — R$ 540 mil
17º Figueirense — R$ 520 mil
18º Paraná — R$ 500 mil
19º São Bento — R$ 480 mil
19º Oeste — R$ 450 mil

Nessa sexta-feira, Matheus Costa aproveitou para desabafar. “Vamos brigar até o fim. Muitos falaram que a gente brigaria para não cair. Nós estamos, na competição inteira, brigando contra equipes que têm orçamento três, quatro ou cinco vezes maior, que têm bicho em vestiário pós-jogo três, quatro ou cinco vezes maior. Nós, com essas dificuldades, estamos jogando de igual para igual com todo mundo. Poucos estão acreditando nisso. E muitos não acreditam no nosso acesso, mas vamos continuar brigando”, declarou o treinador.

“Quando eu cheguei aqui, muita gente falou que ia brigar para não cair. Desde que eu cheguei, tenho ouvido muitas críticas, muitas mesmo. Não só com relação a mim, e pouca gente sabe o que eu venho fazendo por este clube. Muita gente fora do contexto interpreta e julga sem saber o que acontece aqui dentro, e eu venho escutando isso todo dia e isso só me dá mais força para atingir este objetivo aqui dentro. Poucas pessoas sabem o quanto eu me dedico e o que eu faço aqui dentro deste clube”, comentou Matheus Costa. “Nossos 41 atletas estão com vontade de conseguir o acesso. Sei que tem um grupo grande de torcedores que me apoiam, mas muitos que não. Considero inadmissível o campeonato todo, o Paraná Clube sempre a dois ou três pontos do G4, vir jogar na Vila Capanema e ter faixa ‘fora Matheus’”, completou.

Na Série B de 2019, o Paraná tem média de 4.588 pagantes na Vila Capanema. Em 2017, no ano do acesso à primeira divisão, a média foi de 10.798. “Este ano foi um ambiente muito conturbado. Não tenho dúvida de que se fosse um ano como 2017, com uma média de 10 ou 11 mil pessoas, nós já estaríamos em terceiro, já estaríamos em quarto. Acredito muito nisso. Eu passei aqui, eu fui o treinador do acesso em 2017 e eu vi tudo o que foi construído e o apoio de 100% do torcedor que abraçou realmente a causa”, declarou o treinador.