ALEX SABINO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A volta era de Cuca, a festa foi de Borja. Contratação mais cara do Palmeiras no ano, ele precisava do recomeço. Conseguiu isso na estreia do técnico e do Campeonato Brasileiro. Pela 1ª vez com a camisa 9, o colombiano fez dois gols na goleada sobre o Vasco por 4 a 0, neste domingo (14), no Allianz Parque.
Borja custou US$ 10,5 milhões em fevereiro e foi o reforço que empolgou a torcida. Mas nas 14 partidas sob o comando de Eduardo Baptista, fez quatro gols. Nos sete últimos jogos antes da chegada de Cuca, foi substituído em cinco. Ficou no banco em um.
“Eu havia decidido que o Borja ficaria o tempo todo em campo para que tivesse tranquilidade”, disse o treinador.
Cuca era a maior atração no jogo. Usando a calça vinho da sorte e que marcou a campanha do título nacional de 2016, foi ele quem teve o nome mais gritado pelos torcedores. Ao entrar em campo, fez gesto de reverência para os quatro cantos do estádio.
Uma das tarefas do treinador é fazer Borja render o que pode. Mas os primeiros 45 minutos do colombiano diante do Vasco foram mais do mesmo: apatia e algumas arrancadas para o gol. O Palmeiras contou com o ímpeto ofensivo de outros e a atuação desastrosa do zagueiro Jomar para construir a vantagem.
Ele fez um pênalti em Dudu aos 5 min, convertido por Jean. Foi o mapa da mina para os donos da casa, que fizeram o segundo antes do intervalo, com Guerra.
Cuca esperava por uma estreia como essa. Sabe ter sido contratado para repetir o título do ano passado e ganhar a Libertadores. Os gols de Borja serão fundamentais.
Quando o centroavante acertou um peixinho no primeiro minuto do 2º tempo, a comemoração envolveu todos os jogadores, até os reservas. Cuca deseja fazer o jogador se soltar. Uma das características do colombiano que mais chama a atenção é a timidez.
Ao ver o gol do centroavante, Cuca beijou a imagem de Nossa Senhora Aparecida que carrega na roupa.
Ele também não se envolveu na decisão de deixar o atacante cobrar o segundo pênalti cometido por Jomar sobre Dudu. O chute forte e rasteiro fez com que saísse de campo aplaudido.
A volta de Cuca foi festiva pela goleada, por aumentar o sonho do bi e pelos gols de Borja. Mas o técnico acredita que o atacante precisa se adaptar melhor a obrigações.
“Ele [Borja] requer ensinamentos no posicionamento. Os jogadores o chamaram para repor e deixar o time menos espaçado”, ressalta.
Falta ensinar a marcar, mas Borja foi contratado para fazer gols. Na volta de Cuca, esta missão ele cumpriu.