Marcello Casal Jr/ABr – No PT

A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná identificou, ontem, 2.243 novos casos confirmados e 18 mortes em decorrência da infecção causada pelo novo coronavírus. Também foi realizada uma nova revisão nos diagnósticos e óbitos causados pela Covid-19 neste final de semana e foram incluídos 42.724 casos retroativos notificados pelos municípios, sendo que 39.910 ocorreram em Curitiba, cerca de 93% do total, e os outros 2.814 em outras 301 cidades.

Com isso, o boletim de ontem inclui 44.967 casos e 240 mortes. Com os ajustes, os dados acumulados do monitoramento da Covid-19 mostram que o Paraná soma 720.971 casos e 12.486 mortos em decorrência da doença.

Até ontem, 2.248 pacientes com diagnóstico confirmado de Covid-19 estavam internados. Eram 1.962 pacientes em leitos SUS (816 em UTI e 1.146 em leitos clínicos/enfermaria) e 286 em leitos da rede particular (116 em UTI e 170 em leitos clínicos).

Havia outros 2.124 pacientes internados, 765 em leitos UTI e 1.359 em enfermaria, que aguardam resultados de exames. Eles estvam em leitos da rede pública e particular e são considerados casos suspeitos de infecção pelo Sars-CoV-2.

Curitiba — Curitiba não divulga boletins aos domingos. Os últimos números, de sábado, mostravam 835 novos casos de Covid-19 e 22 óbitos de moradores da cidade, totalizando 147.345 casos e 3.042 mortes. A taxa de ocupação de UTIs estava em 97%.

Brasil — O número de pessoas mortas pela Covid-19 no Brasil subiu para 265.411. Entre o sábado e ontem, foram registrados 1.086 novos óbitos. Há ainda 2.875 óbitos em investigação no país.

O total de pessoas infectadas pelo vírus desde o início da pandemia chegou a 11.019.344. Em 24 horas, foram confirmados 80.508 novos casos. Os dados estão na atualização do Ministério da Saúde, divulgada ontem.

Desabafo

Brasil virou um ‘covidário’, diz secretária da Saúde de Curitiba

A secretária Municipal de Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak, fez ontem uma postagem no Facebook em tom de desabafo diante do quadro da pandemia do coronavírus neste começo de ano em todo o País.

“Chegamos ao limite das nossas forças. E não me venham dizer que não nos preparamos. Realmente não nos preparamos para ver tanta negação de uma doença nova e grave. Não nos preparamos para ver o descaso das pessoas e o deboche em relação a todas as orientações para evitar o contágio”, disse ela. “O vírus se tornou ‘democrático’. Não importa mais se você é pobre ou rico, não vai ter UTI. Não há mais profissionais de saúde e com saúde, para atuar nesses lugares”.

“O Brasil é o único lugar em que as medidas restritivas não funcionam, porque aqui não há disciplina nem respeito”, continuou. “Fizemos do Brasil um covidário, um lugar perfeito para a proliferação do vírus e das suas novas variantes”.