AMANDA NOGUEIRA

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Com letras que pregam a aceitação de minorias, Rico Dalasam fez do palco Queer, situado na praça da República, um baile funk na noite deste sábado (19) durante a 14ª Virada Cultural.

Símbolo da comunidade LGBT, o rapper escolado nas batalhas de rimas e improvisos da Santa Cruz, gay e negro, versou sobre empoderamento e superação em faixas como “Não Deito pra Nada” e “Aceite-C” (do EP de estreia, “Modo Diverso”). “Antes dessa música não tinha a bicha preta cantando rap”, disse.

Apesar da ascensão com o rap, foi sua guinada ao funk que fez o público de aproximadamente 1200 pessoas, segundo a Polícia militar, dançar faixas como a divertida “Fogo em Mim” e outras novidades que estarão em seu próximo álbum.

Falando a um público diverso e jovem, Rico lembrou a vereadora Marielle Framco e a estudante de artes Matheusa Passarelli, assassinadas no Rio. “Matheusa presente, Marielle presente”, disse. 

“As trans resistem, as bixas resistem. Quando a gente se encontra assim é uma grande celebração, a vida de mais um dia, isso é sempre um campo de energia de reforço. Que eu volte para mais um dia e que você volte para mais um dia.”