SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Tiago Volpi chegou à parada da Copa América como pilar de um São Paulo carente de referências técnicas, mas nem sempre foi assim. Após começo irregular e falhas em clássicos, o goleiro teve que superar críticas e até notícia falsa para se firmar no gol e espantar o sempre presente “fantasma” Rogério Ceni.


Chega a ser clichê falar de Ceni para avaliar os goleiros são-paulinos, mas desde 2015 a lembrança do ídolo tem grande influência no desempenho de seus sucessores. Tanto que a pressão foi o principal assunto da coletiva de apresentação de Volpi, que fez vários elogios mas se disse pronto para assumir a posição. Após Denis, Renan Ribeiro, Sidão e Jean, seria a vez dele.


Houve desconfiança já na Florida Cup, que aumentou após falhas em clássicos contra Santos e Corinthians no Campeonato Paulista. Em seguida o goleiro foi alvo de notícia falsa: um vídeo de seu primeiro dia de treino no São Paulo viralizou nas redes sociais como se fosse atual, ironizando o treinamento como leve demais. A maré só virou em abril, em um jogo específico.


No Allianz Parque, contra o Palmeiras, Volpi perdeu o pênalti que daria ao São Paulo a classificação à final estadual; mas logo em seguida se redimiu, defendeu uma cobrança e levou o time à decisão da mesma forma. De vilão a herói em questão de segundos, o goleiro abriu caminho para a boa fase: recentemente foi decisivo nos jogos contra Cruzeiro e Atlético-MG no Brasileiro, sendo um dos motivos que atenuaram a má fase do time tricolor.


Em 2019 Volpi soma 30 jogos oficiais e 21 gols sofridos, mas tem melhorado bastante estes números desde o início do Brasileiro, no qual sofreu cinco gols e acumula 29 defesas em nove partidas (média de 3,2 por jogo). Ele volta aos treinos na segunda-feira (24), quando o elenco do São Paulo começa a preparação para a metade final da temporada. O goleiro tem contrato de empréstimo até dezembro.