Kobe Bryant morreu em um trágico acidente de helicóptero em 26 de janeiro de 2020. Quase dois anos depois, entretanto, a morte do astro da NBA ainda repercute. A novidade, por agora, é a disputa judicial da viúva Vanessa Bryant, que está processando o condado de Los Angeles após 18 agentes, entre policiais e bombeiros, fotografarem e divulgarem pelas redes sociais a cena do acidente que vitimou Kobe sem permissão.

O processo civil de Vanessa Bryant contra o condado de Los Angeles se deparou com um obstáculo essa semana. Antes de ir para o julgamento, a defesa quer que a viúva de Kobe faça um exame psiquiátrico com examinadores médicos independentes para determinar se o estresse emocional pelo qual ela está passando é causado pelo vazamento das fotos ou pelo acidente de helicóptero.

“Eles (Vanessa e família Bryant) não podem estar sofrendo com as fotos do local do acidente que nunca viram e nunca foram divulgadas publicamente. Eles estão buscando dezenas de milhões de dólares para compensá-los por seus alegados danos mentais e emocionais. Os exames médicos ajudariam a avaliar a existência, extensão e causa dos supostos danos”, disse parte do comunicado divulgado pela defesa do condado.

A premissa do processo começou quando delegados do Departamento do Xerife de Los Angeles compartilharam fotos do acidente de helicóptero que levou a morte prematura de Kobe. Vanessa alega que até 100 fotos foram compartilhadas entre pelo menos 10 delegados e algumas pessoas do Corpo de Bombeiros da cidade dois dias após o acidente.

Ela está processando com base nas ações dos delegados, causando ainda mais sua severa angústia emocional após o trauma de perder sua filha, Gianna, e Kobe. O condado está tentando evitar que isso vá a julgamento, esperando que alguns exames psiquiátricos provem que a maior parte do sofrimento de Vanessa foi causada pelo acidente e não pelo que seus delegados supostamente fizeram.

A defesa de Vanessa Bryant critica o pedido do exame psiquiátrico. “Você não precisa de um especialista e certamente não precisa de um exame psiquiátrico involuntário para que um júri avalie a natureza e a extensão do sofrimento emocional causado pela má conduta dos réus”, declarou em nota oficial.