O Índice de Confiança Empresarial (ICE) caiu 0,5 ponto em fevereiro ante janeiro, para 97,2 pontos, informou nesta segunda-feira, 2, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o indicador avançou 0,6 ponto.

“Em fevereiro, o índice de expectativas empresariais registrou a primeira queda desde agosto passado, tendo como destaques negativos o setor de Serviços e a Construção. Em ambos os casos, os indicadores, que antes sinalizavam otimismo com os meses seguintes, passaram a retratar neutralidade. Os indicadores de situação atual também recuaram no mês, embora neste caso o setor de Serviços tenha sido o único responsável.

Quase toda a coleta de informações para as sondagens de fevereiro foi realizada antes do expressivo avanço do surto mundial de coronavírus, na última semana do mês”, ponderou Aloisio Campelo Júnior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

O Índice de Confiança Empresarial reúne os dados das sondagens da Indústria, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo é que o ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.

O Índice da Situação Atual (ISA-E) recuou 0,6 ponto em fevereiro, para 92,8 pontos. O Índice de Expectativas (IE-E) diminuiu 0,3 ponto, para 101,5 pontos.

Entre os componentes do ICE, a Indústria e o Comércio avançaram. Já a confiança no setor de Serviços recuou 1,7 ponto em fevereiro, e a confiança da Construção caiu 1,4 ponto.

A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de 4.356 empresas dos quatro setores entre os dias 3 e 21 de fevereiro.