RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O secretário especial da Previdência, Rogério Marinho, afirmou nesta sexta (24) acreditar que o Congresso está imbuído em manter na reforma da Previdência “impacto fiscal relevante”. Ele disse que a expectativa é que a Câmara vote a proposta ainda no primeiro semestre.


Marinho não quis comentar declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, à revista Veja, dizendo que renunciará caso a reforma vire “reforminha”. “Ainda não li a entrevista”, alegou antes de encontro com Guedes no Rio.


“O que temos ouvido do ministro, reiteradamente, é que ele pretende que haja um impacto fiscal relevante”, afirmou. Guedes defende o texto do governo, que prevê economia de R$ 1 trilhão em dez anos, como fundamental para mudança do regime previdenciário para o modelo de capitalização.


“Está agora nas mãos do Congresso”, disse Marinho. “Estamos conversando com vários líderes e mesmo na possibilidade de alterar o projeto, o que é uma prerrogativa do Congresso, eles estão imbuídos da responsabilidade de permitir que haja impacto fiscal relevante, o que é bom para o país.”


A expectativa do governo, diz, é que o texto passe na Câmara no primeiro semestre e seja votado no Senado no início do segundo semestre. Ele não quis, porém, apostar em datas.


“O Congresso já entendeu a necessidade de se debruçar sobre o tema”, comentou, citando o baixo crescimento econômico e o desemprego como motivos para a agilidade na aprovação da reforma. “A economia está pedindo e o Congresso está respondendo.”


Ele defendeu que, com o equilíbrio das contas públicas, investidores terão maior confiança para voltar a investir e contratar.


Marinho disse ter esperança que o Congresso vote até o dia 3 de junho a MP 871, que trata de medidas de combate a fraudes no INSS. Caso não seja votado até lá, o texto perderá a validade.