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BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS / UOL) – A Conmebol, por meio do presidente Alejandro Dominguez, comunicou que a final entre River Plate e Boca Juniors da Copa Libertadores não será disputada às 18h (de Brasília) neste domingo (25), como havia ficado determinado no último sábado (24) depois dos incidentes ocorridos no Monumental de Núñez. A entidade, no entanto, disse que a partida será remarcada para outra data, e não suspensa como pedido pelo Boca.

De acordo com o presidente, uma nova reunião entre os dois clubes e a entidade determinará a nova data em que a partida será disputada. River Plate e Boca Juniors ainda não se manifestaram sobre essa nova decisão da Conmebol.

"Nessas condições queremos garantir que nos importa o esporte, temos que dar as condições para que ambos os clubes tenham condições de se recuperar, por isso vamos adiar a partida. Os presidentes serão convocados ao escritório da Conmebol em Assuncão e vamos combinar uma data para jogar", disse.

Mais cedo, o Boca apresentou à Conmebol um pedido de suspensão da partida baseando-se em um termo do pacto assinado no último sábado entre os dois clubes e Conmebol que previa condições de igualdade para a realização do duelo, remarcado depois que o ônibus do Boca foi apedrejado ao chegar ao Monumental de Nuñez no sábado. O capitão Pablo Pérez sofreu ferimentos no olho e não teria condições de jogo. O Boca pedia também a punição do River.

"Temos que garantir que quando entrem os 11 de cada clube entrem sem nenhuma desculpa, que não haja desigualdade, que haja igualdade esportiva porque queremos um espetáculo e passar uma boa mensagem, emitir um sinal de que haja igualdade esportiva", disse Alejandro Dominguez.

Por último, o presidente pediu reflexão aos clubes e à entidade, embora tenha minimizado a responsabilidade da Conmebol pelo ocorrido.

"Não foi por culpa da Conmebol, quero ser bem claro porque constantemente querem dizer que a Conmebol é culpada e não é. O mundo estava na expectativa da partida, e acontece isso. Se vamos permitir o debate da cultura da violência, nós temos que suportar esse debate", disse.

"Vou convocar os presidentes e não há tempo a perder porque não quero desmobilizar as pessoas. As pessoas têm que refletir. A organização vai fazer autocrítica, mas todos têm que fazer autocritica também. Fazer uma reflexão sobre a intolerância, a violência, não é algo que pode se deixar de lado", completou.