Afundada em dívidas de R$ 120 milhões, a Chapecoense deu o primeiro passo para virar um clube-empresa. Com apenas dois votos contrários, conselheiros e sócios aprovaram o modelo que, antes de iniciar o projeto com a assinatura de qualquer contrato, ainda precisará que todas as propostas recebidas sejam analisadas pelo Conselho Deliberativo.

Sob a Lei 14.193, a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) foi aprovada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em agosto passado, após aprovação, em junho, pelo Senado Federal e, em julho, pela Câmara dos Deputados. Não há obrigatoriedade para os clubes, atualmente associações civis sem fins lucrativos, tornarem-se clubes-empresa.

Se optarem por esse modelo, os clubes poderão emitir títulos de dívida (debêntures-fut), atrair fundos de investimento e lançar ações em bolsa de valores. Há, porém, exigências para quitar as dívidas cível e trabalhista. O prazo é de seis anos, prorrogáveis por mais quatro anos. Segundo a lei, as dívidas podem ser pagas diretamente pelos clubes, por recuperação judicial (negociação coletiva) ou até mesmo por consórcio de credores.

Dentro de campo, a Chapecoense também vive situação delicada. Derrotado pelo Bahia por 3 a 0, no último domingo, o clube catarinense amarga a lanterna com 13 pontos, a 16 do primeiro adversário fora da degola. Na próxima segunda-feira, às 21h30, visitará o Corinthians na Neo Química Arena, em São Paulo, pela 29.ª rodada.

Para esse jogo, o técnico Pintado terá as voltas do zagueiro Ignácio, que não jogou na rodada passada por pertencer ao Bahia, e o meia Geuvânio, que estava suspenso.