SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Conselho da Europa denunciou em relatório os maus-tratos sofridos pelos imigrantes quando são reenviados à Sérvia da Hungria, que contestou denunciando um documento “impreciso”e”mais político do que profissional”.

Membros do Comitê Europeu para a Prevenção da Tortura (CPT), com sede em Estrasburgo, viajaram em outubro de 2017 a duas zonas de trânsito da Hungria onde os imigrantes se reuniam e conversaram com estrangeiros rejeitados pela Hungria e reenviados à Sérvia.

Segundo os testemunhos e provas colhidas, o comitê concluiu que a Hungria se esforçava em oferecer “condições materiais adequadas” em seus centros de retenção, mesmo que as condições fossem “demasiadamente carcerárias”, especialmente para as famílias com filhos. O documento aponta que não houve alegações de maus-tratos nos locais visitados.

Entretanto, durante as detenções e operações de reenvio ao outro lado da fronteira, na Sérvia, os imigrantes costumam ser maltratados. O sistema atual para prevenir os abusos policiais é “muito ineficaz” e a Sérvia tampouco é um país seguro para reenviá-los, diz o texto do CPT.

O governo húngaro acusou o relatório de contradizer os fatos e ter natureza política.