A primeira-dama dos Estados Unidos, Melania Trump, defenderá a reeleição de Donald Trump na segunda noite da Convenção Nacional Republicana nesta terça-feira, 25, na qual também falará o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, em um rompimento com normas que desaconselham atividades político-partidárias do principal diplomata do país.

Os republicanos indicaram Trump a concorrer por um segundo mandato na segunda-feira, dia da abertura da convenção, pintando um retrato desolador dos EUA se o democrata Joe Biden conquistar a Casa Branca em 3 novembro.

Nesta terça-feira, Melania encerrará a programação com um discurso no Jardim Rosado da Casa Branca, em Washington, e Pompeo, que se acredita estar cogitando concorrer à presidência em 2024, falará de Israel, um dos países de sua visita diplomática ao Oriente Médio.

As duas participações renderam críticas dos democratas, que questionam se o uso da Casa Branca – onde Trump fará seu discurso de aceitação no Gramado Sul na quinta-feira – pode levar a violações da Lei Hatch de 1939, que impede servidores federais de se envolverem em certas atividades políticas.

Pompeo fala de Jerusalém, embora em julho tenha alertado diplomatas que indicados presidenciais não deveriam participar de atividades partidárias, de acordo com um comunicação diplomática não confidencial vista pela agência Reuters e enviada a todos os postos diplomáticos e consulares dos EUA no exterior.

Os comentários de Pompeo foram gravados em vídeo na noite de segunda-feira da cobertura do famoso King David Hotel em Jerusalém, tendo a Cidade Velha como plano de fundo.

O Departamento de Estado afirmou que a decisão de Pompeo de fazer um breve discurso para a convenção foi tomada em sua capacidade pessoal e não envolveu recursos do governo. Mas deixou muitos diplomatas estupefatos.