SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em novo desafio à comunidade internacional, a Coreia do Norte prometeu nesta quarta-feira (13) acelerar os seus programas militares. O anúncio foi feito após a ONU impor novas sanções a Pyongyang, em uma retaliação ao sexto e mais potente teste nuclear realizado pelo regime norte-coreano. De acordo com o Ministério de Relações Exteriores da Coreia do Norte, as sanções são “maléficas”, constituindo uma violação de seu direito legítimo de autodefesa e que têm como objetivo “sufocar completamente o seu Estado e sua população através de um bloqueio econômico de escala total”. “A adoção de uma nova resolução de sanções impulsionada pelos Estados Unidos constitui uma oportunidade para que a Coreia do Norte comprove que o caminho que escolheu é absolutamente correto”, disse o ministério em uma nota divulgada pela agência de notícias norte-coreana KCNA, que se refere ao avanço armamentista do país nos últimos meses. Na segunda-feira (11), a ONU aprovou resolução que proíbe as exportações do setor têxtil pela Coreia do Norte e a venda de gás natural para o país, além de limitar as importações norte-coreanas de petróleo. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que as sanções são apenas um pequeno passo em direção ao que é necessário para lidar com os programas nuclear e de míssil norte-coreanos. Pyongyang, entretanto, alega que a medida se trata de uma ameaça de invasão norte-americana. “A Coreia do Norte redobrará os esforços para aumentar a sua força e proteger a soberania e o direito à existência do país”, afirmou no comunicado. CETICISMO Especialistas expressaram ceticismo em relação à eficácia das sanções, alegando que as medidas não impedem o avanço dos programas nuclear e balístico de Pyongyang. Depois de testar dois mísseis intercontinentais em julho, a Coreia do Norte realizou em 3 de setembro o sexto teste nuclear, o mais importante até o momento. Segundo Pyongyang, trata-se de uma bomba de hidrogênio capaz de ser transportada por uma ogiva de míssil. Nos últimos meses, a Coreia do Norte intensificou as ameaças aos Estados Unidos. O país alega ter a capacidade de produzir mísseis nucleares e de atingir parte do território norte-americano. Nesta terça (12), a Coreia do Norte já havia reagido à resolução da ONU e disse que os Estados Unidos enfrentarão em breve  “a maior dor” que já sentiram.